Adaptação transcultural da “Adolescent Resilience Scale” para o uso no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: SILVA, Débora Maria Santana da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55252
Resumo: A resiliência consiste na capacidade do indivíduo de adaptar-se e de superar a exposição a situações de adversidades, desafios e estresse, mantendo uma resposta positiva. Oshio e colaboradores em 2003 desenvolveram e validaram a Adolescent Resilience Scale que tinha como objetivo avaliar a resiliência em jovens. A escala dispõe de 21 itens divididos em três grupos: busca de novidades, regulação emocional e orientação positiva para o futuro. No Brasil, ainda não foram realizados estudos visando à adaptação transcultural da escala. A detecção do nível de resiliência em adolescentes possibilita os enfermeiros em articulação com outros profissionais de saúde, desenvolver programas de intervenções educativas que promovam uma maior percepção de resiliência dos adolescentes. O objetivo do estudo é realizar o processo de adaptação transcultural da “Adolescent Resilience Scale” para adolescentes escolares em situação de vulnerabilidade social para língua portuguesa do Brasil. O estudo é do tipo metodológico e a pesquisa realizou a tradução e adaptação transcultural da Adolescent Resilience Scale. O processo da adaptação transcultural foi dividido em cinco etapas: tradução, síntese das traduções, retrotradução, avaliação do comitê de peritos e pré-teste. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco sob o número de parecer 5.987.125. Após a realização da tradução, síntese das traduções e retrotradução, ocorreu a etapa com os especialistas no período de julho a agosto de 2023 e foi composta por 20 especialistas.Foram calculados o Índice de Validade de Conteúdo e a Razão de Validade de Conteúdo das equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual dos 21 itens da escala e todos atingiram o valor mínimo sugerido na etapa dos especialistas.Após a versão com os especialistas ocorreu a etapa do pré-teste de setembro a outubro de 2023 no qual participaram 40 adolescentes escolares, que realizaram sugestões sobre a semântica da escala e foram necessárias três resubmissões para obter um consenso na avaliação pelo público alvo e obtenção da versão final da escala. Além disso, foi realizada a análise da consistência interna da escala com auxílio do Alfa de Cronbach e Ômega de McDonald’s. O Alfa de Cronbach geral da Escala de Resiliência do Adolescente encontrado no presente estudo (0,78) assemelha-se ao encontrado na versão original da escala (0,85), e indica boa consistência interna do instrumento. Porém, o Alfa de Cronbach dos domínios do presente estudo: Busca de novidade (0,49) e Regulação emocional (0,58) foi considerado baixo em relação aos da subescala original: busca de novidade (0,79) e regulação emocional (0,77). Apenas o domínio Orientação positiva para o futuro do presente estudo teve um valor de Alfa alto (0,86) e assemelha- se a escala original (0,81). Foram mantidos os 21 itens da escala, pois através dos resultados das análises a exclusão de algum item não representou aumento considerável nos valores da escala. A Escala de Resiliência do Adolescente é a primeira versão adaptada transculturalmente no Brasil com validade e confiabilidade interna dos itens capaz de mensurar a resiliência em adolescentes brasileiros.