Análise do sistema ortográfico do português brasileiro em cartas do séc. XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: LIMA, Joanes Alves De
Orientador(a): PESSOA, Marlos de Barros
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7541
Resumo: Como é sabido, até o século XIX, ainda não tínhamos uma convenção que uniformizasse a grafia da Língua Portuguesa. Esse fato favorecia a variação da escrita dessa língua. Partindo dessa realidade, o presente trabalho tem como objetivo analisar a escrita da variedade do português do Brasil em cartas de leitores do século XIX publicadas em jornais pernambucos, buscando alcançar as motivações lingüísticas que poderiam responder pela variação da escrita vocabular entre os diferentes autores observados. Para tal foi analisado um corpus de 26 cartas de autores diferentes entre 1827 a 1873. Nesses documentos observamos primeiro o sistema vocálico, isto é, os encontros vocálicos ditongos e hiatos; as vogais átonas pretônicas, as vogais tônicas, as vogais átonas postônicas e as principais transformações que elas sofreram na passagem para o português. Em seguida, analisamos o sistema consonantal: as consoantes iniciais, as mediais, as consoantes geminadas, os grupos consonantais de origem grega e de origem latina e por que sua inserção na Língua Portuguesa. Dessa forma, constatamos que o nosso sistema se caracterizava pela imitação aos autores greco - latinos e a sua doutrina em matéria ortográfica cujo parâmetro a ser seguido era a arte de bem escrever baseado na tradição latina. Acreditamos que os fenômenos apresentados na análise servirão para que entendamos melhor como o sistema português se comportava no século XIX antes da reforma proposta por Gonçalves Viana em 1904