Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
LIRA, Pedro Paulo Bezerra de |
Orientador(a): |
PEDROSA, Maria Isabel Patrício de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25024
|
Resumo: |
A característica peculiar humana de imperícia, imaturidade e incompletude biológica ao nascer implica a necessidade de a criança ser cuidada por um coespecífico para sobreviver. Comumente os primeiros educadores/cuidadores pertencem à família e neste grupo desdobram-se as relações vinculares iniciais, com destaque para o apego. Entretanto, creches e instituições de acolhimento também constituem espaços de atenção à infância. No presente trabalho, interessou especialmente a psicologia dos educadores/cuidadores. Objetivou-se analisar, comparativamente, em creche e em instituição de acolhimento, significações dos profissionais sobre cuidado, educação e vínculo com crianças de zero a três anos. Entrevistaram-se individualmente 50 profissionais, sendo 24 do meio educacional e 26 do contexto de acolhimento; todos com, no mínimo, um ano de experiência no trabalho. Após análise qualitativa, os resultados apontaram a instituição de acolhimento como espaço de cuidado e proteção e a creche como espaço de desenvolvimento integral e educação. Os participantes reconheceram a imbricação entre cuidar e educar ou educar e cuidar. Houve grande menção aos cuidados primários nos dois contextos; porém, nas creches, apareceu também a estimulação. Outras especificidades pareceram atreladas a considerações peculiares sobre a criança atendida em cada espaço. Nos dois grupos, verificou-se aproximação entre cuidado profissional e cuidado materno, além de compreensão do vínculo como ligação afetiva natural e necessária ao humano. Sinteticamente, observou-se que relações profissionais de cuidado com grupos de crianças pequenas apresentam importantes semelhanças em creches e instituições de acolhimento e envolvem componentes afetivos que sofrem tentativas mal sucedidas de controle, em menor ou maior grau, por aqueles que cuidam e educam, dependendo das expectativas quanto a impactos emocionais em crianças e adultos. O estudo permite pensar que a proximidade das significações encontradas nos dois contextos coletivos pode instigar o investimento e a busca por uma crescente legitimação e melhoria das condições de desenvolvimento ofertadas às crianças nesses espaços. |