Cartografia das pedagogias culturais antirracistas do “Boi Tira Teima” de Caruaru, Pernambuco : expressões de raça e produção de subjetividades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: MINHAQUI, Ridelma Barbosa de Moura
Orientador(a): CARVALHO, Mário de Faria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48076
Resumo: Como um origami que se dobra para, no fim, apresentar-se como um objeto artístico, esta pesquisa buscou cartografar as pedagogias culturais antirracistas do ‘Boi Tira Teima’, a partir da sua atuação cultural e social, revelando modos antirracistas de ser e existir ao longo dos seus cem anos de resistência cultural na cidade de Caruaru, Pernambuco. Objetivei, de modo geral, cartografar como se estabelecem as pedagogias culturais antirracistas ao longo do tempo no âmbito do ‘Boi Tira Teima’ de Caruaru, Pernambuco e, para isso, aludo à transformação do papel em origami, relacionando o desenvolver deste pesquisar ao sensível, além de encontrar na cartografia descaminhos metodológicos para buscar compreender a transformação de um simples papel – a minha subjetividade, na produção de um origami, esta pesquisa. Como no origami, onde cada nova dobra nos surpreende com novas imagens, destaco nesta pesquisa reflexões advindas dos Estudos Culturais que inserem novos olhares à cultura popular, reconhecendo-a como produtora de cultura para além de apenas “guardiã da tradição”, formadora de identidades não-fixas. Deste modo, observo no ‘Boi Tira Teima’ ações interculturais que promovem reflexões acerca das subjetividades negras e do pensamento antirracista. O processo cartográfico trouxe como resultado a noção de que a potência feminina do Boi, por meio do grupo de dança ‘Pérola Negra’, atua como agente transformadora de subjetividades, pioneira no que se refere à apropriação identitária do grupo.