As vozes do professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco sobre o processo curricular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Helena de Araújo, Marise
Orientador(a): da Conceição Carrilho de Aguiar, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3935
Resumo: Esta pesquisa apresenta um estudo no âmbito da reforma curricular na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (FCM-UPE), implantada em 2002, buscando analisá-la desde a sua implantação até o ano de 2010, focando o reconhecimento dos conteúdos programáticos inseridos no currículo e os elementos constitutivos da sua integralidade. Buscou-se centrar o estudo nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o ensino médico, de 2001, confrontando-as com a Reforma Curricular da FCM-UPE, para ver sua consonância com o proposto pelas Diretrizes. Elegeram-se 10 participantes (professores e professores coordenadores de módulo) para conhecer as concepções, como também para entender as transformações ocorridas que não aparecem nos documentos oficiais. O currículo oficial foi estudado mediante a análise de três Eixos: Teórico Demonstrativo, Prático-Construtivista e Desenvolvimento Humanístico. Buscou-se, também, encontrar na fala dos professores transformações causadas pela inserção de novos conteúdos e estratégias metodológicas condizentes com o novo currículo. Os resultados revelaram que a FCM-UPE está vivendo uma transição paradigmática; de um lado, o paradigma hegemônico, cartesiano, que ainda permanece atuante, atraente e resistente, quando alunos e professores, defensores do antigo currículo, se reúnem e se subdividem cada vez mais em ligas para estudar e aprofundar as disciplinas que conduzem às especialidades, fora dos muros da escola, dando testemunho da desconfiança epistemológica sugerida pelo novo currículo; e por outro lado, professores que acreditam e insistem no caminho da complexidade, do holismo e da interdisciplinaridade como a forma ideal para se enfrentar o mundo contemporâneo. Considerando-se ainda inicial e elementar o esforço em evidenciar as mudanças provocadas na aquisição de novas competências, atitudes e habilidades dos médicos egressos e em analisar se a reforma curricular da FCM-UPE está em conformidade com as propostas das DCNs para o curso médico, de 200l, podese afirmar que, na sua totalidade, o currículo da FCM-UPE pode ser considerado um currículo em transição com alguns módulos integrados à prática e professores interessados em contribuir com a integração