Atividade antibacteriana, citotóxica e imunomodulatória de Conocarpus erectus Linneus (Combretaceae)
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29689 |
Resumo: | Introdução: Os manguezais são áreas ricas em recursos economicamente importantes explorados pela população costeira humana. Conocarpus erectus (Combretaceae) é uma das espécies encontradas nos manguezais e é usada na medicina popular no tratamento de anemia, expectoração, conjuntivite, diabetes, diarréia, febre, gonorréia, dor de cabeça, hemorragia, orquítes, erupção cutânea e sífilis. Este estudo teve como objetivo investigar a atividade antibacteriana do extrato aquoso de folhas de C. erectus (EAFCe) em bactérias Gram-positivas e negativas multiresistentes e isoladas de feridas e atividades citotóxica e imunomodulatória em células humanas estimuladas com EAFCe. Métodos: Trata-se de um estudo pré-clínico desenvolvido no período de março de 2015 a janeiro de 2017. O material botânico foi coletado no Mangue da cidade de Itamaracá, distrito de Vila Velha no estado de Pernambuco – Brasil autorizado pela Empresa Pernambucana de Controle de Poluição Ambiental e Administração de Recursos Hídricos (CA DFRB N. 120/2014º). O extrato foi feito por infusão com água destilada, à 40ºC por 30 minutos e caracterizado através da análise qualitativa em Cromatografia em Camada Delgada (CCD) e Cromatografia Liquida de Alta Eficiência (CLAE). Os ensaios contra as bactérias Gram-positivas e negativas foram realizados analisando a difusão em disco e os parâmetros de Concentração Mínima Inibitória (CMI) e Concentração Mínima Bactericida (CMB). As células mononucleares de sangue periférico humano foram obtidas a partir de 4 mL de sangue de 6 voluntários que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido com a autorização do Comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE, Brasil nº 1.870.360/2016). A análise de viabilidade celular foi realizada pelo teste de anexina V-FITC e coloração com iodeto de propídio em concentração de EAFCe de 50, 25, 12,5 e 6 μg / mL. A medição dos níveis de citocinas e quimiocinas nos sobrenadantes dos linfócitos foi realizada pelo Cytometric Beads Matrix System (CBA), análise in vitro de óxido nítrico, contagem total de linfócitos e avaliação da ativação e inibição de linfócitos também para o perfil imunológico. Resultados: O EAFCe apresentou 3’,4’-OH flavonóide, fenilpropanoglicosídeos, saponinas, proantocianidinas poliméricas e taninos hidrolisáveis em sua composição, além de dezoito compostos desconhecidos quando comparados aos padrões disponíveis. O EAFCe apresentou atividade antimicrobiana principalmente para a bactéria Gram-positiva S. aureus. A EAFCe não promoveu morte celular em 95% dos linfócitos humanos. IL-2, IL-10, TNF-α, citocinas de IFN-γ e óxido nítrico foram produzidos pelos linfócitos e o subconjunto de linfócitos T CD8 + foram ativados através da estimulação com EAFCe. Conclusão: EAFCe apresentou atividade antibacteriana moderada de acordo com os níveis do valor da CMI, não apresentou atividade citotóxica e mostrou atividade imunomoduladora em glóbulos brancos humanos, confirmando seu potencial uso como imunomodulador e antibacteriano, sugerindo potencial terapêutico alternativo desta planta para tratamento seguro e eficaz de feridas. |