As aparências enganam : aspectos da construção da loucura feminina no Recife dos anos 1930-1945

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Padovan, Maria Concepta
Orientador(a): Miranda, Carlos Alberto Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11050
Resumo: Esta pesquisa visa analisar a utilização de teorias da biotipologia, testes de inteligência e personalidade, nos fundamentos e práticas psiquiátricas pernambucanas, durante as décadas de 1930-1945, e o comportamento social daí resultante para pacientes e familiares. As questões que permearam o trabalho partiram do principio de que em Pernambuco, durante o período do Governo Vargas (1930-1945), classificar os tipos de doença mental passou a ser um aspecto essencial do trabalho dos psiquiatras. E que, apesar deste processo estar baseado numa análise completa dos aspectos de vida do paciente, a maioria feminina de pacientes do hospital tinha a detecção de seu estado patológico com base em aspectos majoritariamente físicos. Neste sentido, e com base nos estudos do Boletim de Higiene Mental, da Revista Neurobiologia, periódicos da época, além dos próprios prontuários psiquiátricos, investigou-se como tais relações, entre as classificações e a doença mental feminina, foram sendo construídas e adaptadas ao meio, até o momento de seu emprego no Hospital de Alienados de Pernambuco. Observa-se, portanto, como a loucura foi sendo traçada a partir das estruturas morfológicas do corpo, consideradas como fortes determinantes da constituição psicológica e dos valores sociais de uma sociedade.