Disciplina escolar e disciplina fabril: educação e formação da classe operária nacional nos anos 1930 e 1940

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santiago, Derick Casagrande
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19112015-124522/
Resumo: A presente pesquisa aborda a educação brasileira frente ao processo de modernização da sociedade. Seu objeto de estudo consiste, especificamente, na dimensão ocupada pela educação escolar quanto à formação da classe operária nacional durante o governo Vargas (1930-1945). Tratando-se de um período que condiz com mudanças observadas nas esferas política, econômica e social do país, faz-se necessária uma abordagem do contexto histórico que enfatize as propostas e ações desempenhadas na esfera educacional. Considera-se, dessa forma, que a educação escolar deve ser analisada conjuntamente com aqueles fatores que implicam em sua organização e dinâmica. Sua realização está baseada em literatura acerca da relação entre Estado, sociedade e educação, após a proclamação da República e, mais especificamente, nas décadas de 1930 e 1940. Recorreu-se também à análise de documentos oficiais da época concernentes à educação e à criação e regulamentação de instituições, como os textos relativos às reformas educacionais promulgadas em 1931 e em 1942 e às Constituições (1934 e 1937), ao Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), à Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo (1933) e à Fundação Getúlio Vargas (1944). Destaca-se, o papel exercido pelo Estado como agente capaz de promover o projeto de modernização por, além da sua intervenção em diferentes esferas da sociedade, promover outra formação escolar à sociedade para consolidar a ordem social emergente. A adequação do ensino às novas necessidades é apontada pelo esforço para organizá-lo nacionalmente a partir da criação do Ministério da Educação e Saúde Pública e das reformas por ele executadas em seus diferentes níveis. Se, por um lado, exigia-se a formação de uma classe trabalhadora apta à produção sob a lógica racional do trabalho, por outro, havia a preocupação com a formação de uma classe dirigente capacitada para conduzir e coordenar as ações econômicas, além de ocupar altos cargos hierárquicos na burocracia privada e estatal.