Associação do Papilomavírus humano com os tumores esofágicos e gástricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: PAES, Francisco Luís Almeida
Orientador(a): SILVA NETO, Jacinto da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Patologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28423
Resumo: Alguns estudos têm demonstrado a presença DNA-HPV, bem como, a expressão de oncoproteínas do vírus em tumores esofágicos e gástricos. Entretanto, o papel do Papilomavírus humano (HPV) nesses tumores, permanece controverso. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo verificar a presença do HPV em amostras de tumores esofágicos e gástricos, bem como detectar a expressão das proteínas p16INK4a e E6 através da imuno-histoquímica. Nesse estudo foramincluídas 89 biópsias parafinadas, obtidas do Laboratório de Anatomia Patológica do HC-UFPE. A detecção do DNA-HPV foi efetuada pela técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR) com primers consenso MY09/MY11 e a análise da expressão da oncoproteína viral E6 e da proteína p16 foi realizada por imuno-histoquímica. O DNA viral foi detectado em 92,85% de lesões benignas, 95% de lesões malignas de esôfago,86,7% de lesões benignas e 75% de lesões malignas de estômago. Por meio da imuno-histoquímica, o presente estudo verificou a expressão da oncoproteína E6 do HPV em14,28% daslesões benignas e 25% das lesões malignas em espécimes de esôfago, assim comoem 6,7% das lesões benignas e 25% das lesões malignas em espécimes de estômago. A expressão da proteína p16 por imuno-histoquímica foi detectada em 50%dos tumores esofágicos e 77% no estômago. Embora o presente estudo tenha mostrado a presença do HPV nas lesões esofágicas e gástricas não assegura que o vírus atue como fator carcinogênico destas lesões, entretanto, estudos que venham a comprovar a presença do DNA viral no genoma celular podem ser um passo inicial para buscar compreender seu papel nestas lesões.