Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
FERREIRA, Sílvia Thamilis Barbosa Pessoa |
Orientador(a): |
LIMA, Anna Myrna Jaguaribe de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38534
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Resumo: |
O CPAP é a intervenção de primeira linha para o tratamento da AOS moderada e grave. Porém, a adesão ao uso do dispositivo nem sempre é satisfatória, com alguns fatores que podem limitar o uso. Sendo assim, o treinamento muscular inspiratório (TMI) pode ser uma alternativa de tratamento coadjuvante para a AOS, visto que é realizado em domicílio, com prévia orientação do fisioterapeuta, porém sem supervisão durante sua execução. Dessa forma, é importante conhecer suas repercussões agudas sobre o sistema cardiovascular e o quadro inflamatório, já que o exercício agudamente aumenta o tônus simpático e a resposta inflamatória. Sendo assim, o objetivo do trabalho é determinar a segurança e a resposta aguda do balanço autonômico cardíaco, das variáveis hemodinâmicas e do perfil inflamatório em pacientes com AOS submetidos a uma sessão de TMI. Esse é um estudo do tipo ensaio clínico controlado e randomizado, realizado com 40 indivíduos de ambos os sexos, na faixa etária de 30 a 70 anos, com diagnóstico de apneia obstrutiva do sono moderada ou grave e divididos em dois grupos: grupo TMI (uma sessão com carga de 70% da pressão inspiratória máxima) e grupo placebo (treinamento sem resistência). Os participantes realizaram uma única sessão com o protocolo de três ciclos de 30 incursões respiratórias, com um intervalo de um minuto entre as séries. Para análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), foi utilizado o Polar® (RS800CX). Foram ainda avaliadas as variáveis cardiovasculares (pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e frequência cardíaca (FC) e os marcadores inflamatórios através de imunofluorescência (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF-α, IFN-γ). As medidas foram realizadas no pré, pós-imediato e uma hora após o TMI. Com relação às variáveis cardiovasculares, a PAS (TMI p = 0.683 x placebo p = 0.890) e a PAD (TMI p = 0.341 x placebo p = 0.135) não apresentaram diferenças intra ou intergrupos (intragrupo p = 0.818; intergrupo p = 0.717) em nenhum momento. Não houve diferença nos níveis de FC na comparação intergrupos. Sobre a VFC no domínio da frequência, comparando os valores em relação à LF (Low Frequency) obtidos antes, no pós-imediato e 1 hora após o TMI, não foram encontradas diferenças intergrupo (p = 0,342), nem mesmo intragrupo (TMI p = 0,565 x placebo p = 0,233). Na análise da HF (High Frequency), também não houve diferença intergrupo (p = 0,329), nem intragrupo (TMI p = 0,854 x placebo p = 0,244). A relação LF/HF também não apresentou diferenças intergrupo (p = 0,293) nem intragrupo (TMI p = 0,801 x placebo p = 0.504). Em relação aos marcadores inflamatórios (IL-2 p = 0.968; IL-4 p = 0.894; IL-6 p = 0.949; IL-10 p = 0.978; TNF-α; p = 0.959; IFN-γ p = 0.874), não houve diferenças intra ou intergrupos. Assim, concluímos que sessões de TMI podem ser consideradas uma prática segura para o indivíduo com AOS, visto que não acentua o quadro inflamatório nem promove respostas exacerbadas das variáveis cardiovasculares e do tônus simpático cardíaco. |