Potencial antimicrobiano e antioxidante de compostos semi-purificados de folhas de Buchenavia tetraphylla R.A. Howard e Myrcia hirtiflora DC. Avaliados em modelos experimentais in vitro e in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SILVA, Tiago Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50808
Resumo: Atualmente doenças infecciosas e agentes estressores ainda representam uma importante causa de morbidade e mortalidade entre seres humanos, especialmente nos países em desenvolvimento como o Brasil. Atingimos um ponto crítico em que novas drogas não estão sendo desenvolvidos no ritmo necessário para conter esta capacidade natural dos patógenos de adquirir resistência contra os antibióticos. E também é necessário o desenvolvimento de novas soluções para reduzir os efeitos deletérios do envelhecimento e, portanto prolongar o tempo de vida saudável. Diante disso o objetivo deste trabalho identificar e caracterizar metabólicos secundário de folhas da Buchenavia tetraphylla e Myrcia hirtiflora com ação antimicrobiana e antioxidante. As folhas de B. tetraphylla e M. hirtiflora foram coletadas em Buíque-PE, foram secas, moídas e realizada uma extração com solventes orgânicos para obtenção de extrato bruto. O fracionamento do extrato de melhor atividade foi realizado por cromatografia em coluna aberta Sephadex LH-20. Para a determinação da atividade antimicrobiana foi utilizado o método de micro diluição, onde foi determinado a concentração mínima Inibitória (CMI) e a Mínima Microbicida (CMM) contra as linhagens de Candida albicans e Staphylococcus aureus. Todos os extratos da B. tetraphylla apresentaram anti-C. albicans. Os valores de CMI variaram de 156 a 2500 μg/mL para o BTHE; 156 a 1250 μg/mL para o BTCE; 625 a 1250 μg/mL para o BTME e 625 a 2500 μg/mL para o BTEE. O BTME apresentou o melhor atividade anti-C. albicans. Este extrato demonstrou interações aditivas/sinérgicas com o fluconazol. A análise por microscopia eletrônicade varredura sugeriu que o BTME interfere na divisão celular e no desenvolvimento de C. albicans. O BTME apresentou valores de IC50981 e 3935 μg/mL, contra macrófagos J774 e eritrócitos humanos, respectivamente. Este extrato também aumentou a produção de óxido nítrico pelos macrófagos J774. Para a determinação da atividade antioxidante foi utilizado várias metodologias, como: DPPH, ABTS, Dosagem de compostos fenólicos e flavonóides. Devido às suas maiores propriedades antioxidantes, o extrato metanólico (BTME) foi escolhido para ser fracionado por cromatografia em coluna Sephadex LH-20. Duas frações de BTME (BTFC e BTFD) foram as frações mais ativas. O pré- tratamento com essas frações protegeu as larvas de T. molitor do estresse induzido pela inoculação de E. coli inativada pelo calor. Da mesma forma, BTFC (10mg/Kg e 20mg/Kg) e BTFD (10mg/Kg e 20mg/Kg) aumentaram a vida útil das larvas infectadas com uma dose letal de E. coli 042 enteroagregativa. Também foram destados os extratos das folhas de M. Hirtiflora onde apresentou um aumento de vida útil das larvas com o extrato MHME (25mg/Kg). Os dados de RMN indicaram a presença de compostos alifáticos (terpenos, ácidos graxos, carboidratos) e compostos aromáticos (compostos fenólicos). Esses achados sugerem que os extratos utilizados são candidatos promissores para o desenvolvimento de agentes antioxidantes e anti-infecciosos. Assim, com esses dados estimular novas pesquisas sobre aspectos farmacológicos e citotóxicos dos extratos/frações da Buchenavia tetraphylla e Myrcia hirtiflora a fim de apoiar a sua aplicação como agente antimicrobiano e antioxidante.