Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
BARZA, Valéria Suely Simões |
Orientador(a): |
ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46168
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Resumo: |
A pesquisa investigou práticas docentes do ensino da língua escrita na transição das crianças do último ano da Educação Infantil (EI) para o primeiro ano do Ensino Fundamental (EF) como foco na construção das aprendizagens neste percurso, em escolas situadas em Garanhuns-PE.O campo da pesquisa envolveu escolas da rede pública (Escolas A e B) e, em cada escola, turmas do último ano da EI (turmas AEI e BEI) e do 1o ano do EF (turmas AEF e BEF). Como procedimentos metodológicos, realizamos análise documental das propostas curriculares da referida rede de ensino, observações de aulas, entrevistas com as docentes e atividades diagnósticas com grupos de alunos das turmas participantes da pesquisa. A análise das Propostas da EI de 2018 e do EF de 2019 apontou para uma continuidade entre as etapas, uma vez que os objetivos/conteúdos apresentados propunham um ensino reflexivo e contextualizado da língua escrita desde a EI. Quanto a Proposta da EI de 2019, reformulada com base na BNCC, verificamos uma descontinuidade da EI para o EF. O apagamento das explicitações das ações docentes desenvolvidas com a língua escrita na EI, que consta na proposta de 2019, reforça a polarização entre as etapas, evidenciando o “lugar” da EI destinado ao brincar, e do EF como espaço de aprendizagem. Em relação às concepções e práticas de ensino da língua escrita na EI, as docentes das duas escolas desenvolviam práticas com foco no ensino transmissivo de letras e padrões silábicos, priorizando atividades como a cópia e memorização, na perspectiva de preparar as crianças para o EF. Em relação às professoras do EF, verificamos práticas diferentes nas turmas AEF e BEF. Sobre a transição das crianças da EI para o EF, identificamos continuidades e descontinuidades entre as práticas docentes vivenciadas pelas crianças. A Escola A procurou promover as mesmas oportunidades às crianças tanto da EI quanto do EF, a partir da organização de espaços para a vivência de atividades. Já a Escola B não possibilitou as mesmas vivências em decorrência de diferentes problemas como a mudança de gestores, a ausência de materiais didáticos e a falta de apoio da coordenação aos docentes. Quanto às práticas de ensino da leitura e da escrita, na Escola A, a transição para o EF apresentou rupturas pois, ao ingressarem no 1o ano, as crianças vivenciaram atividades mais reflexivas e contextualizadas relacionadas à apropriação da escrita alfabética e à leitura de textos. Já na escola B, a transição foi vivenciada na perspectiva da continuidade pois, tanto na EI como no EF, as práticas tinham foco na memorização e cópia de letras e padrões silábicos. Sobre as aprendizagens das crianças nesse processo, observamos que todas as crianças da Turmas AEF e a maioria da turma BEF escreveram, no final do ano, relatos legíveis, o que indica que avançaram em suas aprendizagens ao longo dos dois anos. Enfim, o processo de transição das crianças da EI para o EF é complexo e precisa envolver o diálogo entre os dois segmentos. |