Associação entre a excitabilidade cortical e as características clínicas e sinais motores da doença de Parkinson
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45604 |
Resumo: | A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa e progressiva caracterizada pela presença de sinais motores que afetam as atividades de vida diária e qualidade de vida das pessoas com DP. Estudos apontam que pessoas com DP apresentam alterações no padrão de excitabilidade cortical e que existe uma correlação forte e negativa entre os sinais motores e estas alterações na excitabilidade. O presente estudo visou investigar a relação de causa e efeito dessas variáveis. Entender essa relação poderia favorecer o planejamento terapêutico, principalmente, através do uso de estimulação cerebral não invasiva, que é uma ferramenta que vem surgindo como alternativa terapêutica para essa população. Para isso, foi realizado um estudo transversal que incluiu 26 voluntários com DP (idade 60,1 ± 7,67 anos) avaliados em um único dia, no período diurno, sem (OFF) e com (ON) o efeito da medicação dopaminérgica e 12 indivíduos sem DP pareados por sexo e idade com as pessoas com DP incluídas no estudo. Para a avaliação da excitabilidade cortical (variável dependente), foi realizada a medida de limiar motor de repouso (LMR) obtida através da estimulação magnética transcraniana por pulso único, em ambos os hemisférios. Os sinais motores da doença (tremor, bradicinesia e rigidez) foram avaliados através da terceira seção da Unified Parkinson’s Disease Rate Scale (UPDRS). Para investigar a relação das alterações da excitabilidade cortical com as características clínicas, os voluntários foram classificados quanto (i) aos fenótipos clínicos (tremor- dominante-TD ou instabilidade postural e dificuldade na marcha- PIGD) avaliados através da UPDRS e (ii) quanto à severidade da doença (comprometimento motor uni ou bilateral) classificada através da escala de Hoen & Yahr modificada. Duas regressões lineares múltiplas do tipo backward stepwise foram realizadas (critérios de entrada: p ≤0,05; critérios de remoção: p ≥0,10) utilizando o software SPSS. Os resultados apontam para alterações no nível de excitabilidade cortical de indivíduos com DP de ambos os fenótipos quando comparado com indivíduos sem a doença. O grupo de indivíduos classificados como PIGD apresenta valores de LMR mais altos que os do grupo TD. As análises de regressão revelaram que os fenótipos da doença e o nível de tremor podem predizer as mudanças de excitabilidade das pessoas com a doença de Parkinson. Os resultados do presente estudo corroboram achados anteriores que demonstram alterações nos níveis de excitabilidade cortical de pessoas com DP e revelam uma relação direta de causa e efeito entre os fenótipos da doença e o tremor com essas alterações. |