Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2018 |
| Autor(a) principal: |
TORRES, Vanessa Cavalcanti de |
| Orientador(a): |
PEDROSA, Maria Isabel Patrício de Carvalho |
| Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
| Tipo de documento: |
Tese
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| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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| Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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| Departamento: |
Não Informado pela instituição
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| País: |
Brasil
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| Palavras-chave em Português: |
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| Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33097
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Resumo: |
Os índios da etnia Xukuru de Ororubá reconquistaram o território que antes lhes pertencia, situado nos municípios de Pesqueira e Poção - PE. A reconquista decorreu de grandes mobilizações, que produziu um forte sentimento de pertença à etnia. Os índios continuam sendo ameaçados e isso provoca constante necessidade de planejar estratégias de resistência e controle interno. Os dilemas enfrentados requerem posicionamentos, em um processo contínuo para minimizar sentimentos de desigualdades. A geração dos jovens índios dessa etnia não participou das mobilizações pela retomada da terra e nem pela demarcação do território de seu povo. Questiona-se, então, se existe um sentimento de pertencimento à etnia, e se este vem se constituindo, quais são suas características. Para responder a essa questão, buscou-se delinear a trajetória de vida de jovens índios Xukuru a partir da discussão de um grupo focal, composto de oito jovens com idade média de 23 anos, cinco moças e três rapazes, instados a conversarem sobre a experiência de viver nas aldeias. Foram também examinados documentos compiladores de decisões tomadas nas assembleias anuais da etnia a fim de se estabelecer o contexto cultural, político e religioso atual desses jovens e, assim, identificar possíveis conflitos existentes entre opovo Xukuru de Ororubá. A partir desses dois conjuntos de dados, observa-se que conflitosemergem porque os jovens índios demandam necessidades diferentes das que lhes são atribuídas pelos idosos. Entre os jovens, há um desejo por estudo, emprego e melhores condições de vida. Entre os idosos e líderes Xukuru existe a compreensão de que a forma de perpetuação e manutenção étnica se efetiva pela vivência do terreiro sagrado, seus ritos e subsistência pela agricultura e, portanto, percebem riscos no projeto futuro dos Xukuru de Ororubá. Os jovens, todavia, reconhecem-se pertencentes ao seu povo, com seus inerentes valores culturais e religiosos, construídos nas interações sociais inclusive com os índios da geração mais velha. A identidade étnica parece consolidada entre os jovens Xukuru, apesar das divergências apontadas. O cacique Xicão, assassinado em perseguições pela reconquista da terra, é cultuado por todos e, simbolicamente, induz coesão entre as gerações desse grupo étnico. |
