Derivados semicarbazônicos e tiossemicarbazônicos associados a antibióticos inibem β-lactamase e bombas de efluxo em cepas de staphylococcus aureus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: MUNIZ, Débora Feitosa
Orientador(a): SILVA, Teresinha Gonçalves da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50461
Resumo: Bombas de efluxo presentes em Staphylococcus aureus é um dos principais mecanismos causadores de resistência a antibióticos. Este micro-organismo é responsável por muitas infecções hospitalares e devido a sua facilidade em causar doenças e até morte do hospedeiro, é tido como um problema de saúde pública a nível mundial. Portanto, se faz necessário o desenvolvimento de um fármaco que seja eficaz contra bactérias multirresistentes e que tenha poucos efeitos colaterais. No presente estudo, foram testados seis compostos derivados semicarbazônicos e tiossemicarbazônicos, VH10, VH01, VH26, LS04, LS14 e LS26 frente às cepas K4414, K4100 e K2068 com sistemas de efluxo, QacA/B, QacC e MepA respectivamente, sendo K4414 produtora de β-lactamase. Para avaliar a atividade antibacteriana direta e a inibição de β-lactamase, foi realizado o método de microdiluição em caldo e verificada a concentração inibitória mínima (CIM). Para avaliação da capacidade de inibição de bomba de efluxo foi utilizada a CIM das substâncias em concentração sub- inibitória, associadas aos antibióticos ampicilina, oxacilina e ciprofloxacina e brometo de etídio. Todos os compostos apresentaram valores de CIM ≥ 1024 μg/mL quando testada sua atividade antibacteriana direta. Porém, em associação com o antibiótico, pode-se observar que houve atividade potencializadora significativa, principalmente do composto VH01 e VH10. Frente à cepa K4414 de S. aureus, esses derivados conseguir reduzir a CIM para 32 e 406 μg/mL, respectivamente, quando associados ao antibiótico. Frente à cepa K4100, o VH01 E VH10 apresentaram CIM de 203,2 μg/mL associados ao antibiótico. Frente à cepa K2068, o VH10 destacou-se por apresentar CIM de 64 μg/mL associado ao antibiótico e brometo. As substâncias VH01 e VH10 demonstraram que podem atuar como componentes potencializadores de antibióticos. Estudos posteriores podem ser realizados a fim de determinar seu mecanismo de ação específico, podendo vir a ser uma alternativa para a indústria farmacêutica.