Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Cavalcanti, Catarina Addobbati Jordão |
Orientador(a): |
Crovella, Sergio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12039
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Resumo: |
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune que afeta diversos órgãos e sistemas. Embora os fatores que contribuem para a patogenia da doença não estejam completamente esclarecidos, sabe-se que o LES é um distúrbio multifatorial com influência de fatores genéticos e ambientais e com o envolvimento de células B e T autorreativas contra uma variedade de componentes celulares. Sabendo-se que o gene FYB (Proteína Ligante de Fyn) codifica uma proteína adaptadora que participa da cascata de ativação dos linfócitos T e que uma desordem nesse processo pode influenciar o desenvolvimento da autoimunidade, esse gene foi considerado candidato à susceptibilidade ao LES. Em um estudo anterior realizado pelo nosso grupo, foi observada a associação dos TagSNPs rs6863066 e rs358501, localizados nas regiões 5’UTR e 3’UTR do gene respectivamente, com a susceptibilidade ao LES em uma população de Ribeirão Preto/SP. Uma vez que TagSNPs representam outros SNPs que se encontram em desequilíbrio de ligação, o presente estudo analisou possíveis associações entre o desenvolvimento do LES e SNPs representados pelos TagSNPs rs6863066 e rs358501 na mesma população. Para confirmarmos a associação do desenvolvimento do LES com os TagSNPs rs6863066 e rs358501 e outros TagSNPs, também foi realizado um estudo de replica na população de Pernambuco. Para isso, sequenciamos a região promotora e parte das regiões 5’UTR e 3’UTR do gene FYB no grupo de Ribeirão Preto/SP e genotipamos 7 TagSNPs no grupo amostral de Pernambuco. O grupo de estudo foi composto por 143 pacientes e 184 controles de Ribeirão Preto/SP; e 116 pacientes e 162 controles de Pernambuco. Na população de Ribeirão Preto/SP, além da confirmação da associação com os SNPs rs6863066 e rs358501, também foi observada a associação do SNP rs13188259 G>A no promotor do gene FYB com o desenvolvimento do LES: tanto a presença do alelo A (OR = 1,77, CI = 1,27 – 2,47, p = 0,001), como dos genótipos A/A (OR = 2,6, CI = 1,19 – 5,64, p = 0,003) e G/A (OR = 2,2, CI = 1,37 – 3,52, p = 0,001) mostraram conferir risco ao desenvolvimento do LES. Na população de Pernambuco, nenhuma associação com a susceptibilidade foi observada, entretanto foi encontrada a associação entre o alelo T (OR = 3,5, CI = 1,13 – 10,83, p = 0,02) e o genótipo T/T (OR = 11,8, CI = 1,1 – 123,3, p = 0,01) do SNP rs6863066 C>T e do alelo G (OR = 3,9, CI = 1,26 – 12,03, p = 0,01) e genótipo G/G (OR = 8,15, CI = 1,3 – 49,5, p = 0,002) do SNP rs2161612 A>G com a ocorrência da Síndrome Antifosfolipídeo. Também foram observadas a associação entre o alelo G (OR = 2,4, CI = 1,28 – 4,6, p = 0,005) e o genótipo G/G (OR = 5,22, CI = 1,6 – 17,6, p = 0,004) do SNP rs2161612 A>G e o desenvolvimento da serosite e a associação entre o alelo A (OR = 4,4, CI = 1,22 – 15,96, p = 0,01) e o genótipo G/A (OR = 4,89, CI = 1,3 – 18,6, p = 0,01) do SNP rs1642515 G>A, o alelo T (OR = 2,14, CI = 1,1 – 4,2, p = 0,03) e o genótipo T/T (OR = 5,3, CI = 1,42 – 19,8, p = 0,006) do SNP rs404122 A>T e o alelo C (OR = 2,4, CI = 1,2 – 4,9, p = 0,01) e o genótipo C/C (OR = 8,6, CI = 1,8 – 40,9, p = 0,002) do SNP rs358501 T>C com a ocorrência de úlceras nos pacientes com LES. Esses resultados sugerem um possível envolvimento do gene FYB no desenvolvimento do LES e suas manifestações clínicas e laboratoriais, contribuindo para uma maior compreensão da patogênese do LES. |