Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
COSTA, Cibele Rodrigues |
Orientador(a): |
COSTA, Monica Ferreira da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23741
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Resumo: |
Há estuários na costa leste do Brasil que apresentam volume reduzido quando comparados aos grandes rios nacionais. Suportam juntamente com suas bacias uma grande pressão antrópica advinda de atividades agrícolas, agroindustriais, industriais e urbanas. No entanto, permanecem parte do principal recurso hídrico superficial disponível para o suprimento de recursos e serviços à população. O estuário do Rio Goiana é um desses casos típicos. Pode servir de modelo a muitos outros estuários do mundo tropical cujas bacias se formam e cortam áreas relativamente pequenas (~ 3000 km2) em outras regiões do mundo com limitações hídricas sazonais (duas estações bem marcadas, uma seca e outra chuvosa) e forte interferência da sua captação devido ao desmatamento e supressão de água para abastecimento. Nesse contexto, informações sobre as variações da qualidade da água são importantes para se planejar estratégias de conservação dos recursos hídricos e dos habitats que deles dependem. Apesar da existência de programas oficiais de monitoramento da qualidade da água, há de se considerar novas estratégias amostrais que caracterizem tanto a bacia quanto o estuário em diversas escalas espaciais e temporais. Desta forma, foram abordados neste trabalho dados de diferentes origens para se fazer uma composição de seus valores como ferramentas cientificas e de gestão. Os dados indicam que no estuário do Rio Goiana, a qualidade da água é fortemente controlada pela precipitação, que na estação chuvosa (março-agosto) promove uma renovação do volume contido no sistema e consequentemente sua oxigenação. Na estação seca (setembro-fevereiro), estabelece-se um forte gradiente ambiental (ecoclina) ao longo do canal principal do rio e do estuário, estabelecendo diferentes habitats aquáticos que serão utilizados por espécies animais e pelo homem de formas diferenciadas. A descrição desse gradiente se dá pelos valores de salinidade. Os teores de oxigênio dissolvido também se distribuem espacialmente de maneira a reforçar essa ecoclina, sendo menores no interior do estuário e maiores em direção ao mar. A ocorrência de eventos de queda brusca de oxigênio (hipóxia episódica), concentrados nas estações secas, é sinal de queda da qualidade ambiental. A carga de material particulado em suspensão, expressada aqui através das medidas feitas como disco de Secchi, também varia de acordo com a precipitação, aumentando na estação chuvosa, quando todo o sistema se torna bastante turvo (limitando-se a 12,0 cm em algumas amostragens) devido ao aporte da bacia. A temperatura da água varia pouco ao longo do ano em todo o sistema (25,3 a 31,4ºC). O entendimento do funcionamento do sistema estuarino foi possível devido a um desenho amostral focado em descrever as variações da qualidade da água nos diferentes habitas do ecossistema, e não apenas no monitoramento de fontes poluidoras. Associado a ele, um esforço amostral bastante intenso possibilitou o conhecimento de variações de menor escala espacial e temporal do que programas de monitoramento oficiais. No entanto, diferentes estratégias amostrais não são de todo incompatíveis, e apesar de seguirem diretrizes muito diferentes, foi possível fazer-se com que se acoplassem e somassem seus potenciais para estender a malha amostral e descrever uma região estuarina maior do que a inicialmente prevista em cada um deles isoladamente. Nesse sentido, conclui-se que os objetivos deste trabalho foram atingidos, e recomenda-se a continuidade das tentativas de fusão de informações de redes amostrais independentes, assim como atenção aos sinais de desgaste ambiental. |