Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
NOVAES, Gabriela de Oliveira
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Orientador(a): |
RANIERI, Leilanhe Almeida
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16498
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Resumo: |
A Zona Costeira (ZC) é uma região responsável por diversas funções ecológicas, e também objeto de preocupação devido aos seus usos e pressões antrópicas, que afetam seu equilíbrio e integridade ambiental. A praia é um dos ambientes mais importantes na ZC, devido sua intensa utilização pela população humana, ter função ecológica para muitos organismos e ser uma proteção natural contra as forçantes físicas (ondas, marés e correntes). A ocupação antrópica sobre uma determinada praia pode agravar a erosão costeira (processo natural da alteração morfológica do ambiente, decorrente da interação com os agentes físicos). Isso ocorre na Ilha de Mosqueiro, objeto de estudo deste trabalho, onde os processos erosivos vêm se intensificando nas últimas décadas, combinados aos de urbanização. Observando esta problemática, a presente pesquisa tem como objetivo analisar a vulnerabilidade à erosão nas praias estuarinas amazônicas da Ilha de Mosqueiro, além de avaliar o grau de risco costeiro a que estão expostas. Utilizando geoindicadores, foram obtidos índice e classificação da vulnerabilidade local. Sendo o índice composto por variáveis costeiras: morfologia e granulometria da praia, balanço sedimentar praial, variação da linha de costa, falésias, barreiras naturais; e variáveis continentais: elevação do terreno, vegetação, estruturas de engenharia costeira, percentagem de ocupação e permeabilidade do solo. Então realizou-se: (a) coleta de dados topográficos e amostragens de sedimentos em 16 praias; (b) análise observacional com checklist de geoindicadores de erosão costeira in loco e por meio de imagens de satélite; c) tratamento dos dados coletados em campo e por meio do sensoriamento remoto; d) utilização do índice de vulnerabilidade costeira para avaliar a erosão nas praias; e, e) identificação de grau de risco nestas praias. Os resultados demonstram que 8 das 16 praias analisadas estão classificadas com alta vulnerabilidade (IVC: 5,0-7,4) e acentuado risco costeiro, e que a presença de falésias ativas, muro de arrimo e elevada ocupação próxima às praias destacaram-se como favorecedores para este resultado. Os dados indicaram elevada ocupação humana (> 70% na maioria das praias), visto que várias formas de uso do solo são frequentes na ilha, sejam por residências ou estabelecimentos (comércios, restaurantes, pousadas), o que intensifica o risco local para a ocorrência de danos provocados pela erosão. De forma geral, o método adaptado deste estudo para praias estuarinas amazônicas, mostrou-se uma ferramenta interessante a ser utilizada no planejamento urbano e para minimizar futuros impactos da erosão costeira. Pois fornece informações que podem auxiliar na tomada de decisões voltadas ao gerenciamento costeiro e na escolha de quais medidas mitigatórias podem ser realizadas. Assim, reforça-se a importância desta análise e do contínuo monitoramento costeiro através do uso dos geoindicadores. |