Desempenho de modelos indiretos de estimativa de evapotranspiração de referência (ETo) e comparação georreferenciada com dados orbitais em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, José Gustavo da
Orientador(a): OLIVEIRA, Leidjane Maria Maciel de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49138
Resumo: O conhecimento da estimativa da evapotranspiração de referência (ETo) auxilia cada vez mais os pesquisadores e profissionais na execução de projetos agrícolas e ambientais, por ser fundamental nos estudos de balanço hídrico, projetos e manejo de irrigação, modelagem de processos climatológicos e planejamento do gerenciamento dos recursos hídricos. Este trabalho tem o objetivo de avaliar o desempenho de diferentes modelos indiretos de estimativa da evapotranspiração de referência (ETo) em Pernambuco, mais especificamente em três cidades: Floresta, Ibimirim e Serra Talhada. Em virtude disto, foram utilizados o modelo de Penman-Monteith, considerado pela FAO como padrão e os modelos indiretos de Benavides-Lopez, Camargo, Hamon, Hargreaves-Samani, Kharrufa, Jensen-Haise, Makkink, Priestley- Taylor, Radiação Solar e Turc, além de dados de evapotranspiração do sensor MODIS (Terra), estimados pelo algoritmo MOD16. Os dados utilizados para estimar a ETo foram obtidos das estações meteorológicas automáticas do INMET, no período de 2015 a 2019. Para avaliação da precisão dos modelos utilizou-se os indicadores estatísticos de regressão linear simples e coeficiente de correlação de Pearson (r), como também foram utilizados o erro de estimativa padrão (EEP), o índice de concordância de Willmott (d) e o índice de desempenho (c). Os resultados evidenciam que o modelo Jensen-Haise obteve o melhor desempenho na estimativa de ETo em relação ao modelo padrão, com classificação “Muito bom” para Floresta (c = 0,81) e Ibimirim (c = 0,81), e “Bom” para Serra Talhada (c = 0,73). O modelo Makkink também estimou satisfatoriamente a ETo para a região de estudo, com índice de desempenho variando entre 0,69 e 0,80. Os demais modelos apresentaram desempenho não satisfatórios, com restrições de uso para as condições climáticas locais. Os dados do sensor MODIS revelaram superestimativa da ETo estimada pelo produto MOD16A3 para Floresta e Serra Talhada, e subestimativa da ETo pelo mesmo produto para Ibimirim, na escala anual, quando comparados ao modelo Penman-Monteith. No entanto, as imagens do sensor possuem a vantagem de representar a distribuição espacial da ETo em Pernambuco. Em todos os municípios verificou-se melhor correlação da ETo estimado pelo produto MOD16A2 para o período seco no ano de 2018, devido ao fato do produto representar um dado agregado de 8 dias.