Líderes, integração regional e defesa: um estudo sobre a influência dos estilos da liderança brasileira no Conselho de Defesa Sul-Americano (2009-2014)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: LYRA, Mariana Preta Oliveira de
Orientador(a): GAMA NETO, Ricardo Borges
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencia Politica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29846
Resumo: A tese desenvolve a perspectiva de que o estilo da liderança brasileira influencia as instituições regionais, de maneira geral, e o Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS), de maneira específica. É importante esclarecer que o Brasil, nas últimas décadas, tem buscado construir um modelo de projeção regional de poder. No entanto, há claras diferenças na sua efetivação, principalmente no que tange ao perfil do líder brasileiro. É este, portanto, o foco deste estudo. O objetivo geral é identificar o perfil de liderança dos ex-presidentes Lula da Silva (2007-2010) e Rousseff (2011-2014) e suas possíveis influências na criação, no funcionamento e na institucionalização do CDS. A hipótese central é que o estilo de liderança impacta nas atividades do CDS. O estudo é fundamentado nas ideias de Hermann (1980), que aborda questões sobre o impacto das características da liderança na condução da política externa. Em termos metodológicos, o estudo utiliza a Análise de Traços de Liderança, proposta por Hermann (1980, 19836a, 1986b, 2002a, 2002b), para traçar o perfil de liderança de Lula da Silva e Rousseff. Utiliza-se o software Profile Plus, versão 5.8.4, para o processamento dos dados. Além disso, também são analisados os documentos e ações produzidas pelo CDS no período. Conclui-se que Lula foi um líder carismático que conseguiu superar entraves políticos que dificultavam o andamento do CDS; enquanto Rousseff desenvolveu uma liderança mais técnica e menos participativa no organismo, ajudando a torna-lo menos atuante nas questões de segurança e defesa da América do Sul.