Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
PEIXOTO, Rafaella Italiano |
Orientador(a): |
SILVEIRA, Vera Magalhães da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Gerontologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25117
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: As síndromes demenciais determinam um grande desafio mundial para a saúde pública, devido ao aumento progressivo da prevalência dessas doenças e ao fato de serem incuráveis. Apesar de historicamente focados no tratamento de pessoas com câncer, a literatura atual advoga a necessidade de estender os cuidados paliativos à população idosa, particularmente àquela vivendo com demência. Na prática clínica, percebe-se o desconhecimento da abordagem que prioriza qualidade e não apenas quantidade de vida por parte dos profissionais da área de saúde e dos familiares. O objetivo do estudo proposto foi analisar a tomada de decisão de familiares de idosos com síndrome demencial avançada frente à terminalidade e identificar possíveis fatores que reflitam nas decisões acerca das diretrizes de cuidados dos pacientes. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal. A população estudada foi a de cuidadores familiares de idosos com critérios para demência avançada, internados em três hospitais do estado de Pernambuco. Aplicou-se um formulário com os cuidadores da família dos idosos, abordando aspectos das seguintes categorias: idoso com demência, cuidador, histórico do tratamento médico. Análise estatística (descritiva, bivariada e multivariada) foi utilizada para demonstrar a relação entre estes fatores e a tomada de decisões acerca do cuidado futuro do paciente, avaliando opinião quanto à reanimação cardiopulmonar (RCP), uso de assistência ventilatória mecânica (AVM) e medidas de conforto. RESULTADO: No que diz respeito à decisão dos cuidadores entrevistados em relação à RCP dos idosos em caso de parada cardíaca, a maioria optou pela não realização de tal procedimento (67,6%), assim como também optou pela não indicação da AVM (65,9%). Após regressão logística, demonstrou-se que os fatores com maior associação à decisão por cuidados invasivos foram: idoso com traqueostomia, tempo de diagnóstico de demência menor que 2 anos, idade do cuidador menor que 50 anos, histórico de um internamento hospitalar no último ano, afirmação que entrevistado se surpreenderia com falecimento do idoso dentro de 1 ano e a negação de que algum médico já explicou sobre opções de tratamento. Outros fatores relacionados à essa decisão foram: declaração que relação entre familiar e idoso antes da demência era nem boa nem ruim, entrevistado não recebia ajuda no cuidado do idoso, idoso com idade abaixo de 90 anos, histórico de sequela de AVE. CONCLUSÃO: Os fatores que mais foram associados à decisão por cuidados invasivos foram: idoso com traqueostomia, tempo de diagnóstico de demência menor que 2 anos, idade do cuidador menor que 50 anos, histórico de um internamento hospitalar no último ano, afirmação que entrevistado se surpreenderia com falecimento do idoso dentro de 1 ano e a negação de que algum médico já explicou sobre opções de tratamento. |