Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
DURÃO, Sergio Falcão |
Orientador(a): |
LEAL, Márcia Carréra Campos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Gerontologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33960
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa foi analisar a trajetória dos idosos portadores de demência avançada hospitalizados nas últimas 48h da vida e avaliar se houve mudança no perfil de cuidados ao longo dos 5 anos de análise. Foi realizado um estudo transversal individuado retrospectivo, através de análise de prontuários eletrônicos dos pacientes internados num serviço de geriatria e gerontologia de um hospital geral privado de Recife, em Pernambuco. Foram analisados 328 prontuários no período definido, referente a todos os pacientes idosos que foram a óbito e eram acompanhados pela equipe da Geriatria. Destes, 173 eram portadores de Síndrome Demencial, sendo que 97 preencheram critério para inclusão na amostra. Noventa e três pacientes (95,9%) tiveram registro de Diretrizes Avançadas de Vontade (DAV) no prontuário antes do óbito, destes 73,2% eram do sexo feminino, com idade média de 88,7 anos. Pouco mais da metade dos óbitos ocorreram fora do ambiente de Unidade de Terapia Intensiva - UTI (52,6%), as comorbidades mais frequentes foram Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Lesão por Pressão - LPP (63,9%). Quanto a ocorrência de procedimentos a que os pacientes foram submetidos nas últimas 48h de vida: 64,9% estavam com dieta por sonda (Sonda Nasoenteral – SNE / Gastrostomia - GTT), 22,7% em uso de sonda vesical de demora (SVD), 28,9% respirando com assistência ventilatória mecânica (AVM), 3,1% submetidos à hemodiálise (HD), 9,3% em uso de droga vasoativa (DVA), 37,1% em uso de cateter venoso central (CVC) e nenhum foi submetido a hemotransfusão. Em relação a via de dieta 31,9% tinham dieta por via oral, 48,5% estavam em uso de SNE e 19,6% GTT; 51% estavam em uso de antibiótico. No tocante, ao controle de dor e o uso de analgésicos e/ou opióides, 86,6% dos pacientes tinham prescrição de analgesia fixa, contudo encontramos uma frequência do registro de dor em 19% dos casos. Na análise evolutiva ao longo dos 5 anos, observamos mudanças nos seguintes aspectos: redução de óbitos na UTI (60% x 36,4%); diminuição do uso de dieta por sondas (87% x 32%); do uso de AVM (53% x 18%); uso de CVC (47% x 27%); do uso de SVD (27% x 5%), e da presença de LPP (87% x 45%). Os resultados demonstram ainda um perfil de cuidado invasivo, em muitos casos desproporcional. Parece haver uma tendência paliativista na assistência ao longo do período estudado. Não houve associação com significância estatística entre pacientes com DAV e as demais variáveis estudadas. |