Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
QUEIROGA, Eduardo |
Orientador(a): |
SILVA JÚNIOR, José Afonso da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17436
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Resumo: |
Esta pesquisa aborda a autoria na fotografia documental. Os conceitos de fotografia, autoria e documental - são, de modo geral, atravessados por ambiguidades, contradições e lacunas, que se multiplicam quando trabalhados em relação com o campo da comunicação. Adotamos a posição que: a) toda fotografia atua em uma dinâmica de descontextualização e recontextualização, responsável pela perda de vinculação entre o momento da captação da imagem e o da sua fruição, com consequente abertura para distintas interpretações; b) a fotografia documental busca relatar um fenômeno, levar a seus espectadores informações sobre um acontecimento, ou cenários culturais e sociais; c) os limites de significação da fotografia exigem que o autor articule estratégias de condução da interpretação: a relação com o texto, a formatação de séries e conjuntos de fotos, a definição do circuito e a consolidação da assinatura; d) a autoria envolve preocupações de delimitação, de separação, de responsabilização jurídica, além do deslocamentos na linguagem. Busca-se, portanto, as complexidades contidas nos conceitos de documental e de autoria, sem perder de vista as relações de poder e os mecanismos de controle que atravessam tais perspectivas. Para tanto, autores como Roland Barthes, Michel Foucault, Olivier Lugon, John Tagg, Jonathan Crary, Antoine Compagnon, Jean-Marie Schaeffer, John Berger, Roger Chartier e Margarita Ledo, ocupam o centro teórico-conceitual deste trabalho. No percurso, nos centramos sobre os fotógrafos documentais brasileiros João Roberto Ripper e Sebastião Salgado, ambos atuantes em uma fotografia alinhada a causas sociais e humanistas. Observamos aspectos presentes nas suas intenções, na maneira de trabalhar, na relação com o fotografado, nas escolhas formais, na gestão de sua assinatura e na condução de suas obras. Nos debruçamos mais detidamente em três livros de cada um deles: Imagens Humanas, Retrato Escravo e Poblaciones Tradicionales, de Ripper; Outras Américas, Trabalhadores e Genesis, de Salgado. Objetivamos afirmar que o autor é peça chave na conformação da fotografia documental. Suas estratégias autorais visam fazer chegar ao leitor suas intenções de modo a minimizar interpretações divergentes sobre o discurso fotográfico documental |