Violência familiar contra criança e adolescente na prática dos fonoaudiólogos: magnitude e conduta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Moura Lins Aciolli, Raquel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9375
Resumo: O trabalho teve como objetivo descrever a frequencia e a conduta relacionada à violência familiar contra a criança e o adolescente na prática dos fonoaudiólogos das redes pública, privada conveniada com SUS e filantrópica, na cidade do Recife. Foi realizado um estudo quantitativo, descritivo do tipo corte transversal, que utilizou um questionário estruturado com questões objetivas para a coleta de dados. A população de estudo foi constituída pelo universo de profissionais com mais de um ano de trabalho no serviço de referência. Para a construção do banco de dados e análise foram utilizados os programas Epi-info, versão 3.3.2. e SPSS, versão 15.0, respectivamente. Na análise de dados, considerou-se o tipo de violência, a variável dependente e as variáveis demográficas independentes. A comparação entre os grupos foi sumarizada por frequência. Além disso, o teste exato de Fisher e o quiquadrado serviram para identificar associações entre variáveis categóricas e subgrupos com nível de significância de 0,05. Para a análise de resíduo, foram reconhecidos os valores com contagem de excesso positivo com nível de 2,5% unicaudal. Os resultados mostraram que, dos 89 fonoaudiólogos entrevistados, 43,8% referiram ter atendido a casos suspeitos e/ou confirmados de violência contra crianças e adolescentes no último ano e apenas 11,4% participaram de algum curso ou treinamento que abordasse o tema violência. Observou-se, também, uma associação estatisticamente significante (p<0,05) em relação ao tipo de violência com o sexo da criança e o tipo de alteração fonoaudiológica. O tipo de violência mais frequente foi a violência física (35%). A principal conduta adotada pelos profissionais diante dos casos foi encaminhar os pacientes ao serviço social ou ao psicológico. A análise de resíduo demonstrou um excesso de violência psicológica estatisticamente significante em crianças e adolescentes com disfluência (gagueira), e a negligência/abandono esteve relacionada a mais de um problema fonoaudiológico. Observou-se uma relação estatisticamente significante entre tipo de violência e perfil do agressor, apresentando a mãe (37,1%) com maior frequência quando comparada aos demais agressores. A análise de resíduo mostrou um excesso de violência do tipo negligência/abandono cometido tanto pela mãe quanto pelo pai e um excesso de violência sexual pelo (a) padrasto/ madrasta. O estudo reflete a necessidade de um maior investimento em capacitações e educação continuada sobre o tema violência, a fim de que se tenham profissionais qualificados para prevenir, conduzir e identificar os casos