O nascimento do panteísmo ayahuasqueiro e os seus processos de cura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: BITTENCOURT, Miguel Colaço
Orientador(a): CAMPOS, Roberta Bivar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Perdanambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Antropologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18472
Resumo: O campo religioso ayahuasqueiro é comumente conhecido e estudado pelos ditos principais grupos e movimentos (Santo Daime, Barquinha e União do Vegetal). Esta pesquisa traz uma nova perspectiva do uso religioso da Ayahuasca pelas características filosóficas do grupo, a Sociedade Panteísta Ayahuasca – Panhuasca, situada em Pernambuco/ Brasil. Nesta junção de tradições, a xamânica pelo uso das plantas de poder e a filosófica, o grupo panteísta tem seus sincretismos, símbolos e aprendizados particulares sobre o uso do enteógeno Ayahuasca. Tais significados em torno da bebida correspondem à perspectiva panteísta e a produção do conhecimento religioso do fundador do grupo, o médico e filósofo Régis Barbier. Desse modo, esta pesquisa procura compreender as dinâmicas ritualísticas panteístas de acordo com a perspectiva monista presente do grupo, a perspectiva metafísica cosmoexistencial. A partir destas abordagens, reflete-se sobre a cura neste contexto de atuação pela noção da transformação e (des)continuidade subjetiva, para compreender como os sujeitos se tornam panteístas e aderem a esse modo de pensar e se posicionar no mundo. A cura é abordada nesta pesquisa como uma transformação pela ressignificação da perspectiva existencial e identificação com a perspectiva Cosmo-existencial pela vivência de imersão na(o) cerimônia/rito panteísta. Para refletir sobre a cura, esta pesquisa explora o estudo do ritual, da experiência, da performance e do paradigma da corporeidade. Em última análise, este trabalho pretende iniciar a compreensão da identidade panteísta, o self-panteísta correlacional com o ethos religioso. Desta maneira, cabe a antropologia como disciplina acompanhar e refletir sobre o campo ayahuasqueiro, as composições, (re)criações e particularidades, assim como, compreender os diversos sujeitos que compõem este cenário social.