Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, Ana Paula Abrahamian De |
Orientador(a): |
CARVALHO, Rosângela Tenório de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15324
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Resumo: |
O estudo que aqui se apresenta procurou analisar discursos produzidos e postos em circulação pelas danças midiatizadas, que vêm estatuindo o corpo como um objeto de saber/poder/ser no campo dos estudos sobre a Infância na contemporaneidade. Pretendeu ser uma análise da coexistência de enunciados, de seu funcionamento mútuo, adstrita à formação discursiva sobre o corpo tendo as danças produzidas e/ou veiculadas pela mídia como espaços voltados para o governamento dos corpos infantis, produzindo, assim, diferentes discursos sobre modos de ser e de viver a infância. Para dar conta dos objetivos traçados, nos vinculamos ao pensamento Pós- Moderno, aos estudos Pós-Estruturalistas, ao debate dos Estudos Culturais e às noções foucaultianas de poder, poder disciplinar, biopolítica, governamentalidade e modos de subjetivação. Buscamos reconhecer a dança como “cenário” onde são produzidos múltiplos discursos sobre o corpo, a partir da noção de performatividade em Judith Butler, bem como o trânsito com a noção de heterotopias do corpo em Michel Foucault. Como aporte metodológico, a abordagem analítica de discurso inspirada na teoria de discurso foucaultiana – a arqueogenealogia – foi selecionada por poder captar as condições de emergência de enunciados relacionados aos acontecimentos discursivos que incidem sobre o corpo infantil. Para proceder com as análises recorremos a um corpus plural e heterogêneo, advindo de diferentes campos de saberes como imagens iconográficas, manuais de puericultura, tratados de civilidade, documentos legais brasileiros, manuais de dança, bem como uma diversidade de Cenas de Dança retiradas de filmes, videoclipes, do canal Youtube, sites, programas de televisão, entre outros, que constituíram uma rede discursiva na qual o corpo infantil foi sendo organizado a partir de jogos de saberes e poderes que têm efeito em suas condutas. A partir da análise e descrição desse arquivo foram observadas as regularidades e as dispersões de enunciados operados a partir de lições, entendidas como rituais nos processos de subjetivação e governamento dos corpos infantis, como também se descortinou uma reflexão sobre os espaços de resistência como ecos de heterotopias, ou seja, corpos que não se (con)formam e que subvertem as normatividades estando engajados num fazer-dizer que está implicado política e esteticamente. |