“Samba de coco de Arcoverde – mudança na regulação de espaço de homens e mulheres ou de estrutura simbólica?”

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: JALES, Danielly Amorim de Queiroz
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco; UFPE; Brasil; Programa de Pos Graduacao em Antropologia
• Palavras-chave em Português: Antropologia; Samba de coco; Cultura popular; Arcoverde (PE)
• Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43378

O objetivo deste trabalho é analisar como mudanças históricas das relações entre homens e mulheres, no samba de coco em Arcoverde, reconfiguraram as estruturas simbólicas que dão base as relações, especialmente aquelas que são organizadas por gênero e seus desdobramentos de poder. Esta pesquisa procura compreender se estas mudanças apontam para o que Marshall Sahlins denomina de estrutura de conjuntura, quando as categorias que compõem a estrutura simbólica sofrem alterações na prática cotidiana, à medida que os atores re-avaliam seus significados na prática. Sherry Ortner interaciona práticas, ações e os significados pondo em evidência os elementos da agência enquanto resistência, mesmo que esses elementos não reconfigurem os espaços de poder. Assim, desta forma, questiona-se a mudança de posições envolvendo as mulheres como uma mudança da estrutura simbólica ou apenas uma re-alocação de posições. No que se refere a gênero, contara com o trabalho de Joan Scott para identificar se o poder está associado ao feminino e masculino dentro da manifestação e como está distribuído. Para alcançar estes objetivos adotamos a observação participante associado à técnica de entrevistas, pois são uma forma de apreender o sentido que os atores dão às suas condutas. Os grupos selecionados foram o samba de coco Raízes de Arcoverde, da família Calixto; o samba de coco das Irmãs Lopes, da família de Ivo Lopes e o coco Trupé de Arcoverde, com Cícero Gomes.