Função visual em portadores de neuroesquistossomose
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Cirurgia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42461 |
Resumo: | Introdução: Neuroesquistossomose é uma das mais graves apresentações clínicas da infecção esquistossomótica. A Neuroesquistossomose se apresenta pelo acometimento cerebral (raro na infecção pelo S mansoni) ou medular. Objetivos: Estudar os aspectos anatômicos e funcionais da via visual em pacientes com neuroesquistossomose, para avaliar o impacto dessa doença na função visual, em comparação a indivíduos sem doença. Métodos: Estudo observacional, prospectivo, analítico, tipo caso controle. Foram incluídos 26 indivíduos, faixa etária entre 20-50 anos, sendo: grupo I: 13 pacientes com diagnóstico prévio de neuroesquistossomose há no máximo quinze anos, com sequelas motoras-sensitivas-autonômicas; grupo II: 13 indivíduos do grupo controle sem doença. Foi realizado exame oftalmológico completo, com anamnese, medida da acuidade visual por tabela ETDRS a 4m, biomicroscopia de segmento anterior, tonometria de aplanação de Goldmann, fundoscopia sob midríase com lente de 78 DE além da avaliação da visão de cores, avaliação da sensibilidade ao contraste, e tomografia de coerência óptica (OCT). Resultados: A média de acuidade visual foi similar entre os grupos estudados, sendo de 0,96 ± 0,11 no grupo I e de 1,00 ± 0 no grupo II (p=0,173). A media da pressão intraocular foi similar nos 2 grupos sendo 17 ± 3,93 para o grupo I e 15,62 ± 2,62 para o grupo II (p=0,093). Nenhum paciente apresentou alteração de macula ou nervo óptico ao exame de fundoscopia em ambos os grupos. O grupo I apresentou média de visão de contraste (logCS) de 1,66 ± 0,18 e visão de cores (C-Index) de 1,53 ± 0,50, estatisticamente inferior aos resultados do grupo II (1,78 ± 0,18 e 1,29 ± 0,34 com p= 0,03 e 0,004 respectivamente). A espessura da CFN (3,45) e a espessura da camada de células ganglionares foi semelhantes entre os grupos (p=0,353 e 0,948, respectivamente). Observou-se espessura foveal reduzida no grupo I (p=0,018). Conclusões: Houve redução da espessura foveal e comprometimento da função visual nos portadores de neuroesquistossomose medular representado por alteração da visão cromática e redução da sensibilidade ao contraste, apesar da acuidade visual normal. |