Estudo experimental da neuroesquistossomose: avaliação da resposta morfofisiopatológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carvalho, Tiago Pinheiro Vaz de
Orientador(a): Barbosa, Constança Clara Gayoso Simões, Peixoto, Christina Alves, Gomes, Elainne Christine de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35369
Resumo: Este é o primeiro estudo realizado para analisar se existe alguma relação entre o esforço físico e o surgimento da neuroesquistossomose, através de avaliações clínicas, moleculares e imunológicas. O estudo foi dividido em dois momentos: o primeiro investigou a causa de óbitos dos camundongos infectados com S. mansoni, já o segundo aborda o modelo de neuroesquistossomose em camundongos baseado em esforços físicos. O primeiro momento revelou que em um período de oito meses, 60% dos óbitos foram decorrentes de isquemia mesentérica e por isso reduziu a carga parasitária infecciosa dos camundongos para aumentar sua sobrevida. Já no segundo momento utilizou-se 64 camundongos Balb/c inbred machos divididos em quatro grupos (n=16) de acordo com a presença ou ausência de infecção por S. mansoni e realização de esforço físico ou repouso. Aplicou-se o protocolo de esforço físico nos animais do grupo “esforço físico” e analisou-se a sensibilidade tátil, força e desempenho motor de todos os animais. Após a 13ª semana o sistema nervoso central (SNC) foi analisado pela imuno-histoquímica (anti S. mansoni, GFAP, IBA, IL1, IL10, TNF-α e TGF-β) e a investigação de DNA do parasito através da Nested PCR conventional. Os testes neurofuncionais e imunohistoquímicos foram analisados através do software GraphPad Prism V7.0 considerando o valor de p <0,05. Os testes comportamentais não evidenciaram sintomas clínicos de neuroesquistossomose em animais submetidos a esforço físico ou em repouso, todavia o DNA de S. mansoni foi detectado no SNC em 30,43% dos animais infectados, além disso, as amostras positivas para S. mansoni mostraram marcação positiva para antígenos de S. mansoni no SNC, com uma evidente reação microglial, níveis elevados de IL-10 e diminuição da expressão de TNF-α. Este estudo demonstrou que neuroesquistossomose não depende do esforço físico, é amplamente assintomática e tende a apresentar um perfil de resposta imune Th2.