Atividade física voluntária materna, dieta hipoprotéica e desenvolvimento cerebral da prole : efeitos eletrofisiológicos e comportamentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Maria Luísa Figueira de
Orientador(a): GUEDES, Rubem Carlos Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55532
Resumo: A desnutrição proteica altera o funcionamento do sistema nervoso central, influenciando de forma negativa no desenvolvimento fetal. A prática de exercício físico durante a gestação beneficia o organismo fetal com alterações adaptativas que podem atuar como neuroproteçãopara a prole. O presente estudo tem como objetivo avaliar o efeito de dieta hipoproteica e da atividade física voluntária (AFV) materna sobre aspectos eletrofisiológicos, comportamentais e morfológicos encefálicos, tanto nas mães quanto nos filhotes. A nossa hipótese é que a AFV pré-natal age como agente reprogramador metabólico e neural, atenuando os efeitos associados a alterações neurais maternas e da prole induzidas pela desnutrição proteica materna gestacional e pós-gestacional. Ratas Wistar (n=30) foram submetidas a uma dieta hipoproteica (8% de proteina), associada ou não à atividade física voluntária em rodas de corrida, acoplada a um ciclocomputador, o que permite o registro da distância percorrida, tempo de atividade e gasto calórico. As ratas passaram por um período de adaptação (30 dias) e após esse período foram classifiCSDas de acordo com o nível de atividade física diária como tendo baixa atividade, média atividade e alta atividade física. Um grupo controle sedentário com peso e idade similar (n=10), foi alojado de igual modo nas gaiolas de AFV, porém com a roda de corrida travada. Após detecção da prenhez, receberam dieta hipoproteica durante a gestação. Quando as mães atingiram a idade entre 150 a 170 dias de vida, e os filhotes idade entre 30-35 dias, foram submetidos a testes comportamentais, seguidos do registro eletrofisiológico da depressão alastrante cortical (DAC). Os parâmetros da DAC (velocidade de propagação, amplitude e duração) foram calculados. A DAC foi acelerada pela dieta hipoproteica e desacelerada pelo exercício físico; além disso, a dieta hipoproteica aumentou os comportamentos de ansiedade, enquanto que o exercício físico os reduziu. Nossos resultados podem fornecer informações importantes sobre o papel modulador da atividade física voluntária pré-gestacional, durante e após a gestação no sentido de reprogramar os efeitos da desnutrição proteica sobre o sistema nervoso central.