O sistema técnico lítico dos artefatos lascados da tradição arqueológica Aratu no Estado de Alagoas : uma abordagem tecnológica a partir dos sítios Serra da Barriga e Baixa das Flores
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Arqueologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40053 |
Resumo: | As pesquisas sobre grupos ceramistas na arqueologia brasileira, de forma geral, acabaram por priorizar o estudo dos artefatos cerâmicos como o principal elemento para a caracterização cultural e consequentemente o estabelecimento das tradições arqueológicas. O estudo da tecnologia lítica acabou por ter um papel secundário para compreender as manifestações culturais, a necessidade do estabelecimento de índice de tipos de artefatos culminou na análise de uma parte dos artefatos líticos, os instrumentos. Essa perspectiva remonta ao pensamento arqueológico da década de 60 e sendo aplicado no registro brasileiro através do PRONAPA, além da análise exclusiva dos instrumentos, os artefatos líticos foram considerados pouco representativos (quantitativamente e qualitativamente) o que levou a pensar que seriam pouco complexos e não padronizados. Entretanto, com o surgimento de novos questionamentos as interpretações até então feitas possibilitou o surgimento de outras perspectivas teóricas e metodologias que pudessem explicar o fenômeno cultural. É a partir desse momento que há uma retomada do estudo do artefato lítico na interpretação dos grupos ceramistas e tendo como um dos focos uma perspectiva global que permita não apenas descrever, mas também compreender e explicar os processos de confecção e utilização. A retomada dos estudos da tecnologia lítica dos grupos ceramistas permitiu uma melhor compreensão da relação com outros tipos de artefatos e como a cultura material se manifesta ao longo do tempo e no espaço. No Estado de Alagoas foram identificados vários sítios de grupos ceramistas e os seus estudos puderam apresentar a presença, até então, de duas tradições arqueológicas (Tupiguarani e Aratu) entretanto, o maior número de discussões e conhecimento dos sítios estão relacionados a segunda tradição. Apesar do aprofundamento das pesquisas sobre esses grupos a tecnologia lítica não foi objetivo de um estudo mais sistemático, nesse sentido a pesquisa propõe estudar os artefatos lascados de dois sítios que mais se destacam no registro alagoano, sítio Serra da Barriga (SB1) e Baixa das Flores. Esses dois sítios estão localizados em duas mesorregiões distintas, a primeira na Leste Alagoano e o segundo no Agreste Alagoano. Com uma abordagem global da tecnologia lítica dos artefatos lascados que a pesquisa se propôs, a partir de uma comparação entre ambos, a caracterizar o sistema técnico lítico dos artefatos lascados e explicar a variabilidade e persistência desse sistema. Para tal foram utilizadas como ferramentas analíticas a noção de cadeia operatória e análise da unidade tecnofuncional (UTF) dentro da perspectiva da Arqueologia Cognitiva no sentido de demonstrar que o conhecimento técnico, o saber-fazer são resultados do convívio social e respeitando as regras pré-estabelecidas (transmissão do conhecimento, por exemplo). |