Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Valcilene Rodrigues da |
Orientador(a): |
PEREIRA, Mônica Cox de Britto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geografia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41466
|
Resumo: |
A pesquisa buscou compreender a contribuição da agroecologia, em suas múltiplas dimensões, para a sustentabilidade dos agroecossistemas camponeses e para a convivência com o Semiárido de Pernambuco. Para alcançar esse objetivo, utilizou- se o método da complexidade. Fez-se uso de ferramentas metodológicas distintas, respeitando cada etapa da pesquisa e as diferentes escalas; dentre elas, destacaram- se: pesquisa bibliográfica e documental; entrevistas abertas; oficinas com os sujeitos do campo; observações, vivências e a construção de processos nos territórios e nas comunidades investigadas; diário de campo e fotografias. Nas análises, adotou-se a técnica da análise de conteúdo, com o auxílio do software Nvivo. O trabalho apresenta, inicialmente, apontamentos sobre a ocupação territorial e a gênese do campesinato no Semiárido, as formas como as colonialidades do poder, do saber, do ser e da natureza se materializam na região e a proposta contracolonial do paradigma de Convivência com o Semiárido. Na sequência, trata-se de problematizar a agroecologia, em suas dimensões: ciência, movimento e prática. Partiu-se da apresentação do Movimento Agroecológico no âmbito nacional e, posteriormente, sua constituição e conformação atual no Semiárido de Pernambuco. Mostrou-se o contexto da ciência moderna, o surgimento da agroecologia, em sua dimensão científica, bem como o contexto dessa ciência, no Semiárido de Pernambuco. Expuseram-se os princípios agroecológicos e as fases da transição agroecológica, para, em seguida, abordar a dimensão prática da agroecologia, desde os agroecossistemas camponeses do Semiárido de Pernambuco. Ao exercitar reconectar as partes (ciência, movimento e prática), evidenciou-se a existência de antagonismos, de contradições e de conflitos, mas, principalmente, de convergências e de complementaridades. Nesse sentido, a pesquisa demonstrou a necessidade da indissociabilidade entre as dimensões ciência, movimento e prática, visto que cada uma dessas dimensões tem papéis e funções diferenciadas, porém, somente juntas constituem o que se chama de agroecologia: um processo em construção, uma “utopia concreta” tecida a muitas mãos, em muitos espaços e pensada por muitas mentes, com potencial para alcançar agroecossistemas sustentáveis e caminhar na direção de sociedades também sustentáveis. |