Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
VALE NETO, João Pereira |
Orientador(a): |
BRITO, Yvana Carla Fechine de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3237
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Resumo: |
O presente trabalho investiga as representações midiáticas sobre o Coque, uma comunidade apontada pelos moradores do Recife como uma das mais violentas da capital, a ponto de ser rotulada, em jornais locais, como morada da morte . Além dos graves problemas de desemprego, educação, saúde, moradia e saneamento, os moradores do Coque sofrem com o preconceito provocado pela atuação histórica na comunidade de grupos criminosos ligados, sobretudo, ao narcotráfico. Para compreender como o bairro tornou-se, entre moradores do Recife, sinônimo de perigo , o presente trabalho analisou um conjunto formado por mais de duas mil reportagens publicadas, ao longo de mais de três décadas (1970-2007), pelo Diario de Pernambuco, o jornal mais antigo do Estado. Apoiado no aparato teórico-metodológico das teorias do discurso (Análise de Discurso, Semiótica Discursiva), o trabalho constatou que, nas reportagens analisadas, o Coque adquiriu, em determinados contextos sociohistóricos, estatutos distintos de sujeito: de uma comunidade representada como sujeito da transformação social, que lutava por direitos sociais como a permanência e posse da área ocupada às margens do Rio Capibaribe , passou a ser tratada, preferencialmente, como um sujeito vocacionado à marginalidade e à violência. Recuperando nas análises a historicidade dos discursos, o trabalho contribui, a partir do estudo de caso do Coque, para uma melhor compreensão do modo como as práticas e representações midiáticas contribuem para a construção e/ou consolidação de estereótipos e estigmas que retroalimentam ciclos viciosos de exclusão social |