Resumo: |
Este estudo procurou investigar as atividades de mediação cultural para jovens de doze a dezoito anos, estudantes dos níveis de ensino Fundamental II e Médio de instituições públicas e privadas realizadas na galeria Vicente do Rego Monteiro, equipamento cultural da Fundação Joaquim Nabuco - FUNDAJ, situado na cidade do Recife, Pernambuco. Tecer relações entre arte e política serviu como base à compreensão dos conceitos: ―desentendimento‖ e ―espectador emancipado‖ (Jacques Rancière) que para nós, norteiam a condição politizadora da mediação cultural. Assim como refletir sobre o contexto pós-moderno em que se encontra o público jovem, cerne da pesquisa, auxiliou a compreender seu comportamento e demandas que traz à experiência museal. Para Rancière, os dissensos são a condição política da arte, portanto, sugerimos que o modo como os mediadores culturais os conduzem e os incitam no processo de mediação, potencializa as discussões entre as obras e o contexto do público, implicando a partir dessa analogia, sua emancipação. Atribuímos a esta concepção, o caráter politizador da experiência museal, à medida que a obra toca a vida do espectador, e este encontro passa a suscitar debates e reflexões acerca do seu entorno social, desconstruindo e reconstruindo suas opiniões. Desta forma, pretendeu-se constituir indícios para investigar como se dá essa proposição nas abordagens de mediação cultural. Possibilitando uma reflexão acerca da importância social do museu ao público, em como esta prática contribui à democratização do acesso aos bens culturais, à emancipação do espectador e em como a instituição o percebe. |
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