(Re)escrita: costuras textuais pela referenciação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SUGAHARA, Maria Teresa Tezolini
Orientador(a): CORTEZ, Suzana Leite
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32301
Resumo: Centrando-se nas relações que os alunos/autores estabelecem com seus textos através da interação pela linguagem, a presente dissertação tem como tema o estudo da referenciação em produções escritas de alunos de escola pública do 9º ano do ensino fundamental. Assumindo que o texto constrói-se na escrita e é reconstruído na leitura “a partir da interação entre quem enuncia, o que está na superfície textual (cotexto) e quem compreende o texto” (CAVALCANTE, 2011), tomamos dois processos distintos e igualmente importantes como cerne deste trabalho: a reescrita e a referenciação. No primeiro, tomamos a escrita como um trabalho de reescritas (FIAD; MAYRINK-SABINSON, 1991; DOLZ, 2010), sempre possível de ser melhorado. No segundo, consideramos o modo como é realizada a referência a entidades no texto, por meio do fenômeno da anáfora, que opera costuras textuais buscando promover a coerência (KOCH, 2009, 2015; CAVALCANTE, CUSTÓDIO FILHO E BRITO, 2012, 2014, 2017). Desse modo, fundamentamo-nos teoricamente nos estudos do texto e da textualidade, a partir das postulações de Marcuschi (2000, 2008, 2012); Koch (2010, 2015); Bentes(2010); Antunes(2003, 2010, 2016, 2017) e Costa Val(1999, 2009), a fim de compreendermos a tessitura textual, discutindo o processo de produção de textos na escola, já que este é um dos eixos de maior relevância, como defende Antunes (2017), para a inserção do indivíduo na vida social. Para atingir tais objetivos, tomamos como corpus seis produções escritas, suas respectivas reescritas e instrumentos de autoavaliação - debate e questionário. As análises nos levaram à compreensão de que os alunos, ao relerem suas produções, mediados pelo processo dialógico e colaborativo em sala de aula, podem operar mudanças textual-discursivas que contribuem para seus projetos de dizer. Dessa forma, esse trabalho, ao tomar a escrita como processo, realiza uma pesquisa-ação, na qual analisa a referenciação no texto do aluno, por meio de mudanças e marcas linguísticas que evidenciam agentividade - como defende Bazerman (2011), buscando recursos disponíveis para que seus textos possam se realizar ao máximo.