Documentário radical ou a ficção como colaboração : invenção, disjunção e cinema compartilhado : devir e cosmovisão em As Hipermulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: BANDEIRA, Philipi Emmanuel Lustosa
Orientador(a): SILVA JUNIOR, José Afonso da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29796
Resumo: Este trabalho parte de uma análise reflexiva sobre o documentário: dividida em duas partes, uma primeira parte historiográfica e desconstrutiva focada nas décadas de 1920-1930, em que, à luz de uma bibliografia recente sobre o tema, abordamos e problematizamos a configuração do gênero discursivo “documentário” como herança colonialista, como vanguarda modernista e como aparelho de estado, concluindo com a hipótese de uma dialética estética política injuntiva do gênero e inscrevendo neste mapa, ao fim, dois pioneiros brasileiros esquecidos; na segunda parte, destinada ao documentário contemporâneo, fazemos uma cartografia que circunscreve nossas eleições afetivas dentro do documentário contemporâneo brasileiro, centrada nos modos de produção e processos de criação assentados no tripé colaborativocoletivo- comunitário, passando então à análise reflexiva de um filme em específico – As Hipermulheres (2011), direção conjunta de Carlos Fausto, Leo Sette e Takumã Kuikuro, realizado na aldeia Ipatse do povo indígena kuikuro do Alto Xingu, com produção de Vincent Carelli e do Vídeo nas Aldeias - que por sua vez incorpora e responde, acredito, em grande medida à problemática e os questionamentos anteriores sobre o documentário no sentido estético e político.