Avaliação histológica na pele após lipoenxertia: um estudo clínico randomizado mascarado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MARICEVICH, Juan Pablo Borges Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34169
Resumo: Introdução. O enxerto de gordura é muito usado para tratar defeitos de contorno do corpo. Atualmente, está havendo um aumento do interesse nas propriedades regenerativas do enxerto de gordura, visto o efeito de melhora na qualidade da pele observado em casos de volumização com gordura. O objetivo neste trabalho foi avaliar se há ou não alterações histológicas no infiltrado inflamatório, espessura da derme, densidade da vascularização e fibras elásticas na pele de uma área que recebeu lipoenxertia. Além disso, atestar a integração da gordura na área enxertada. Método. Dez mulheres com indicação de abdominoplastia, entre 20 e 50 anos, IMC abaixo de 30 e com cicatriz de cesárea prévia foram submetidas a lipoenxertia pela técnica de Coleman. A cicatriz da cesárea serviu com referência para padronização do local do enxerto. O enxerto ocorreu em uma área de 3 x 3 cm no tecido não-cicatricial, tendo os últimos 3 cm da cicatriz cesárea como base inferior deste quadrado: um lado foi enxertado e o outro lado não. Quatro meses depois, na cirurgia de abdome, as duas amostras de cada paciente foram colhidas e enviadas para avaliação histológica mascarada. A cicatriz foi descartada e a pele sem cicatriz foi analisada com microscópio óptico e reagentes. O tecido cicatricial não fez parte da análise histológica. Não houve análise clínica ou por métodos de imagem. Resultado. Metade das amostras apresentava material oleoso extracelular, evidenciando sinais de integração nas áreas que receberam lipoenxertia. Não houve diferença estatística significativa nas amostras lipoenxertadas versus as amostras não lipoenxertadas no que diz respeito a infiltrado inflamatório (p-valor = 0,582), espessura da derme (p-valor = 0,973), densidade da vascularização (p-valor = 0,326) e quantidade de fibras elásticas (p-valor = 1,000). Conclusão. A avaliação histológica de derme após 4 meses de lipoenxertia em mulheres candidatas a abdominoplastia evidenciou sinais de integração do enxerto de gordura em 100% dos casos enxertados e nenhuma mudança na derme receptora quanto ao infiltrado inflamatório, espessura da derme, densidade da vascularização e quantidade de fibras elásticas.