Avaliação de transtornos mentais em trabalhadores do CAPS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: MINERVINO, Alfredo José
Orientador(a): SOUGEY, Everton Botelho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32735
Resumo: Os conceitos de saúde mental abrangem, entre outras coisas, o bem-estar subjetivo, a auto-eficácia percebida, autonomia, competência, dependência intergeracional e a auto-realização do potencial intelectual e emocional da pessoa. Várias investigações sobre saúde mental do trabalhador têm demonstrado alta incidência de transtornos mentais comuns em profissionais da área da saúde. A presente dissertação objetivou analisar sintomas de transtornos mentais comuns em profissionais da saúde mental. Foi utilizada a técnica não probabilística para a seleção dos Centros de Atenção Psicossocial, devido à acessibilidade do pesquisador e devido ao fluxo de atendimentos, considerando que os CAPS investigados possuem maior fluxo. Portanto, realizada em CAPs Bayeux, Santa Rita, João Pessoa, Guarabira, João Pessoa – Valentina, Pedras de Fogo, Campina Grande, Sousa, Conde, Bananeiras, Solânea, Belém e Sapé, , no Estado da Paraíba. Participaram deste estudo 98 profissionais da saúde mental, constituindo todos os trabalhadores dos serviços substitutivos investigados. Os participantes responderam a um questionário auto-administrado: o questionário Self Reporting Questionnaire – 20 (SRQ – 20) e um questionário sócio-demográfico. O SRQ – 20 é uma versão reduzida com 20 itens para rastreamento de transtornos mentais comuns, as respostas são dicotômicas, considerando que cada resposta afirmativa pontua com o valor 1 para haver um somatório que irá variar entre 0 e 20, os escores obtidos estão relacionados com a possibilidade de presença de um transtorno mental comum. Os protocolos foram avaliados conforme as recomendações técnicas, quantificados e tratados estatisticamente através de análises inferenciais. Foi possível constatar que 11,2% da amostra total obtiveram escore para o risco de transtornos de mentais comuns, observando-se a necessidade de posterior encaminhamento. Os demais profissionais obtiveram diversos sintomas avaliados pelo SRQ sem, porém passar no ponto de corte do questionário. Não ocorreu diferença significativa entre os grupos avaliados, considerando local de trabalho, profissão, tempo de serviço e sexo. Porém destaca-se que dos 11,2% dos profissionais que obtiveram escore superior ao ponto de corte, 66% eram psiquiatras e 100% estavam a mais de 12 meses trabalhando no centro de apoio psicossocial. Ao se comparar na literatura tais resultados com outros grupos de trabalhadores observou-se incidência semelhante. Os dados analisados nesta investigação destacam que os profissionais dos CAPS possuem a mesma probabilidade de ter transtornos mentais comuns do que outros profissionais inseridos em outros setores.