Revisão da classificação dos óbitos em mulheres portadoras de HIV/AIDS no ciclo gravídico-puerperal, residentes do Estado de Pernambuco, no período de 2000 a 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: BRAYNER, Manuella Coutinho
Orientador(a): ALVES, Sandra Valongueiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14046
Resumo: Introdução: Em países em desenvolvimento e países da região subsaariana, mortalidade materna elevada coexiste com alta prevalência do HIV, representando as duas principais causas de morte entre mulheres jovens. No Brasil, a notificação desses casos tem revelado mortes de mulheres no período gravídico-puerperal, muitas vezes difícil de classificar como morte feminina por aids ou com HIV/aids. Diante disso, a Organização Mundial de Saúde propõe a utilização do código O98.7 para classificar as mortes maternas obstétricas indiretas por HIV/aids. Objetivo: Reclassificar os óbitos de mulheres portadoras de HIV/aids no ciclo gravídico-puerperal no estado de Pernambuco, no período de 2000 a 2010, tendo como referência a orientação da CID 10 / OMS sobre morte materna. Método: Estudo descritivo exploratório, desenvolvido a partir das seguintes etapas: tradução para português do item “HIV and AIDS” do documento da Organização das Nações Unidas “The WHO Application of ICD-10 to deaths during pregnancy, childbirth and the puerperium: ICD MM, 2012”; relacionamento probabilístico entre o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan); elaboração de um algoritmo de classificação dos óbitos de mulheres portadoras de HIV/aids no ciclo gravídico-puerperal; e reclassificação dos óbitos por um grupo de especialistas. Resultados: Obteve-se um banco formado pelo SIM e Sinan com 25 óbitos de mulheres portadoras de HIV/aids que informavam gestação/puerpério, adicionados a 26 óbitos informados no SIM e subnotificados no Sinan. Dentre os 25 óbitos reclassificados, 12 foram considerados HIV/aids e a condição gravídica era coexistente; nove foram reclassificados por morte materna obstétrica indireta, com o código O98.7 proposto pela OMS; dois como morte materna obstétrica direta/indireta; e dois considerados indeterminados. Conclusão: A reclassificação apontou uma possível mudança de padrão de mortalidade materna, visto que a maioria dos óbitos foram atribuídos ao HIV/aids, podendo levar a uma redução dos óbitos por causas maternas. O algoritmo subsidiará o uso da nova classificação sobre a morte materna e HIV/aids.