Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Gabriela Padilha |
Orientador(a): |
Limongi, Carmen Medeiros |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10624
|
Resumo: |
O Rio Paracauari é o principal rio que drena a porção nordeste da Ilha de Marajó, estado do Pará, maior ilha fluvio‐estuarina do mundo, e que integra a rede fluvial da foz da Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas. O presente trabalho visou caracterizar o funcionamento hidrodinâmico do baixo‐estuário rio Paracauari e quantificar o aporte de sedimentos do mesmo para a baía de Marajó em função do regime sazonal das chuvas na região, com amostragens durante os períodos de maior volume de precipitação, de dezembro a maio (caracterizado como período chuvoso), e o período de menor volume de precipitação, de junho a novembro (caracterizado como período de estiagem). Para cada uma das estações sazonais, as amostragens consideraram ainda a variabilidade ao longo do ciclo de maré de sizígia a cobertura sedimentar de fundo e das cargas de material particulado e em suspensão transportados, vazão, intensidade e direção das correntes de maré e salinidade em três sessões transversais correspondentes à foz do Paracauari, e às áreas de confluência dos rios do Saco e das Mangueiras, com três pontos amostrais por seção correspondendo às margens direita e esquerda, e ao centro do canal principal. O sistema Paracauari se relacionou fortemente com a sazonalidade das chuvas. No período de estiagem a influência das águas marinhas é modulada pelas marés e alcança as áreas de confluência com os rios do Saco e das Mangueiras, com uma vazão líquida para a baía de Marajó de 98.594 m3.s‐1 no ciclo de maré estudado, com salinidade média de 6 na foz do rio Paracauari. No período chuvoso, a vazão líquida para a baia de Marajó foi de 65.269 m3.s‐1 ao final do ciclo de maré, com salinidades sempre inferiores a 2 nas seções estudadas. Esta diferença na vazão líquida entre os períodos se deu ao fato de que no período de estiagem, há menor resistência exercida sob o rio Paracauari pela baía de Marajó. A concentração de material particulado em suspensão se apresentou maior no período chuvoso, bem como os níveis de OBS, como consequência do maior carreamento de materiais pela drenagem fluvial e ressuspensão do material de fundo pela maior intensidade das correntes. O sedimento de fundo apresenta uma maior proporção da fração arenosa no período chuvoso em resposta ao aumento da descarga da bacia de drenagem, comparada ao período de estiagem. O sistema do rio Paracauari atua como exportador de sedimento, nutrientes e outras propriedades físico‐químicas para a baía de Marajó tanto no período chuvoso quanto de estiagem. |