Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Luciana de Moraes Peixoto, Ívina |
Orientador(a): |
Maria Pires Brandão, Tanya |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7482
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Resumo: |
Este trabalho incide, principalmente, sobre a presença do escravo nos municípios de Boa Vista e Tacaratu, sertão pernambucano, entre 1850 e 1888. Para sua realização foi investigada, sobretudo, a documentação cartorial, eclesiástica e policial; além de outras fontes oficiais, como os Relatórios Provinciais e da Comissão Central de Socorros. A proposta desse estudo é compreender o cotidiano do cativo nesse espaço de forma atuante, percebendo, por esse viés, seu desempenho nas diversas atividades requeridas. Busca-se também distinguir e analisar em que teias relacionais ele poderia inserir-se e aliviar para si e para os seus as cruezas da vida em cativeiro. Por essa questão são destacadas as formas de viver escravo, nos sertões de Boa Vista e Tacaratu, e realçados os caminhos traçados pelo cativo do lugar para viabilizar e concretizar sua saída do cativeiro. Entretanto, para que essa proposta analítica pudesse ser alcançada, tornou-se necessária a ampliação do foco teórico-metodológico, e a agregação da figura marcante do sertanejo livre nesse contexto sócio-econômico do sertão, o qual caracteriza o espaço. Nesse estudo, o sertanejo é vislumbrado na análise de sua relação com o homem e com o meio, fosse ele fazendeiro rico ou modesto agricultor. Em virtude de sua cultura a vida do sertanejo era bastante simples, questão notificada no arrolamento de seus bens, o qual demonstra a ausência de conforto e ressalta a rusticidade de sua moradia. Mas, a obtenção da propriedade fundiária era conteúdo de interesse para o fazendeiro ou agricultor, que agia de forma a assegurar a conquista da terra. Em conseqüência da ausência de Estado, a população local vivia, comumente, situações de tensão e conflito, questão que auxiliou na formação de um código próprio de regras. Neste as reações violentas sinalizavam a valentia do envolvido em discórdias. O escravo aqui analisado é enxergado nas relações travadas fosse com seus pares ou com o sertanejo livre. São contempladas alternativas possíveis ao cativo para fugir, ou aliviar as tensões: fugas, construção de famílias e laços de amizade, além dos crimes de furto e morte |