Avaliação da Atividade Antimicrobiana e Citotóxica dos Extratos Alcoólicos de Duas Espécie de Samambaia: Asplenium serratum L. e Marsilea minuta L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: TIMÓTEO, Andréa de Andrade
Orientador(a): SANTIAGO, Augusto César Pessôa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude Humana e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16890
Resumo: Propriedades farmacológicas de plantas são reconhecidas, empiricamente, há séculos. Neste aspecto, o interesse por vegetais deve-se, sobretudo, à aptidão destes em produzir compostos biologicamente ativos. As samambaias, apreciadas pelo uso ornamental, são utilizadas para a cura de doenças. Além da atividade antimicrobiana, várias outras, tais como antioxidante, antinociceptiva, antitumoral, anti-inflamatória, citotóxica são relatadas como propriedades biológicas destes vegetais. Com a ascensão das doenças crônicas não transmissíveis, especialmente das doenças do aparelho circulatório e das neoplasias, e a persistência das doenças infecciosas e parasitárias, marcadas pela resistência microbiana a antibióticos, a busca por novos fármacos com ação antimicrobiana e citotóxica torna-se imprescindível. Diante deste contexto, este estudo objetivou avaliar a atividade antimicrobiana e citotóxica dos extratos de Asplenium serratum L. e Marsilea minuta L., samambaias ocorrentes no Brasil, e descritas na terapêutica popular. Os extratos metanólico de A. serratum e etanólico de M. minuta foram obtidos, respectivamente, por esgotamento a frio e maceração. A análise fitoquímica foi feita por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) para os padrões quercetina e cafeína. Na atividade antimicrobiana foram utilizadas bactérias padrão, Escherichia coli, Shigela flexneri, Salmonella typhimurium, Staphylococcus aureus MSSA, e a Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi determinada pelo método de microdiluição, com concentrações variando de 5mg/mL a 0,005mg/mL. O sinergismo, testado contra E. coli e S. aureus MSSA, foi realizado pelo método checkerboard. A citotoxicidade foi verificada através do método MTT (brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazólio), frente a células tumorais humanas NCI-H29, HEp-2, MCF-7 e HL-60. A quercetina e cafeína foram sugeridas como constituintes de M. minuta. Os extratos apresentaram CIM de 5,0 mg/mL frente à S. aureus MSSA e S. typhimurium, e de 2,5 mg/mL contra E. coli e S. flexneri. Em sinergismo, perante S. aureus MSSA, apresentaram atividade bactericida em concentrações ≥ 2,56 mg/mL (A. serratum) e ≥ 0,33 mg/mL (M. minuta). No caso de E. coli, a ação bactericida foi ≥ 1,31 mg/mL (A. serratum) e ≥ 2,62 mg/mL (M. minuta). Os extratos foram considerados inativos frente às células tumorais testadas, com percentuais de inibição inferiores a 50 % para concentração de 50 μg/ mL. Portanto, foi possível concluir que os extratos das espécies em estudo possuem potencial antimicrobiano e exibem efeito sinérgico, além de apresentarem metabólitos, ainda a serem identificados.