Organização do futebol brasileiro: discurso desenvolvimentista made in Brazil?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: JAQUES, Diego Cezar Silva
Orientador(a): LEÃO, André Luiz Maranhão Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Administracao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16746
Resumo: O futebol, com o passar dos anos e o aumento de popularidade, foi ganhando notoriedade em todo mundo. Esta popularidade fez com que este esporte atraísse a atenção de empresas que passaram a investir cifras elevadas nesta modalidade e, como consequência, ele deixou de ser visto como uma mera prática esportiva, para se tornar uma indústria que movimenta muito dinheiro em todo mundo. Esta mudança ficou conhecida como futebol-negócio. No Brasil, esta mudança ficou caracterizada pelo crescimento de recursos financeiros dos clubes, a popularização das transmissões dos jogos pela TV, o crescimento do nível salarial dos atletas. Entretanto, o cenário do futebol brasileiro, nos últimos anos, foi marcado por vários conflitos. Com isto, os debates sobre uma reorganização do futebol brasileiro ganharam força e agentes como Bom Senso F.C., CBF, Clubes, Rede Globo e Governo começaram a tornar públicos seus posicionamentos a respeito. Com base nisto, esta pesquisa, inserida em uma perspectiva crítica, teve como objetivo identificar que discursos intervêm na organização do futebol brasileiro como negócio. Para tal, utilizamos como base de dados reportagens veiculadas na imprensa e por meio da análise de discurso foucaultiana, como método, e do Pós-desenvolvimento, como lente teórica, desvelando três formações discursivas: uma sobre a regulação deste esporte, outra sobre uma organização mais coletiva e outra que diz respeito a uma organização mais centralizada. Todas as três formações têm influência eurocêntrica e nenhuma das formações propõe um modelo alternativo ao futebol-negócio.