Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Renata Pinto de Lemos Cordeiro, Anna |
Orientador(a): |
Medrado-Dantas, Benedito |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8295
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Resumo: |
A violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil, a partir das reflexões de gênero e da permanente mobilização feminista, vem adquirindo visibilidade pública, passando a ser pauta na agenda das políticas públicas, gerando a institucionalização de uma rede pública de prevenção, assistência e enfrentamento. Em linhas gerais, esta rede tem como objetivo a proteção à vítima e a punição aos agressores. Contudo, algumas reflexões têm emergido no que se refere aos diferentes atores envolvidos nesta dinâmica da violência. Uma das questões recorrentes diz respeito à ausência de intervenções voltadas também para o homem autor da violência, entendendo que para uma atuação integral no contexto da violência doméstica e familiar contra a mulher, faz-se necessária intervenção que possa ir além do binômio vítima-agressor e proteção-punição, remetendo à dimensão relacional do conceito de gênero. O objetivo deste trabalho foi identificar como profissionais que atuam em instituições de prevenção, assistência e enfrentamento à violência contra a mulher na cidade do Recife se posicionam em relação à atenção aos assim considerados agressores , a partir da análise de repertórios sobre violência doméstica e familiar contra a mulher produzidos por eles. Inicialmente, foi realizado mapeamento das instituições que trabalham nesta temática. Após visita às instituições, foram selecionados os profissionais que participaram da pesquisa. Foram identificadas 38 entidades, sendo pelo menos um profissional entrevistado por instituição, somando um total de 55 entrevistas. As análises foram realizadas a partir de trechos das entrevistas que levou à construção de categorias, por meio das quais foram identificados repertórios sobre violência contra a mulher e jogos de posicionamento frente a atenção aos homens autores de violência de gênero, bem como as coerências e contradições frente aos argumentos. Os resultados evidenciam uma polissemia de sentidos sobre violência contra a mulher nas falas de todos os entrevistados, isto é, o consenso aponta para a diversidade. A violência é entendida como um conceito multifacetado e dinâmico que remete à tipologia e determinações distintas. Por outro lado, de modo semelhante ao que tem sido delineado, desde a década de 1980, como política pública para mulheres agredidas, os profissionais entrevistados, especialmente aqueles que atuam em serviços voltados à assistência à mulher, advogam a necessidade também de medidas preventivas (primárias ou secundárias) e especialmente assistenciais voltadas aos homens |