Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
SALES, Marcela Barbosa Leite |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6341
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Resumo: |
Este trabalho visa mostrar que, embora Heidegger não tenha pretendido um estudo sobre Ética, podemos encontrar em Ser e Tempo uma "teoria do existir humano" que pode ser interpretada como uma "ética do existir humano". Os elementos primordiais dessa "ética" se encontram no sentido originário de ethos como "morada", tal como falava Heráclito e que o próprio Heidegger lembra em sua carta Sobre o Humanismo. Para o "filósofo do ser", "mais importante que qualquer fixação de regras é o homem encontrar o caminho para morar na verdade do ser". Assim, veremos que a "ética" que vislumbramos no interior do pensamento heideggeriano é rigorosamente diferenciada do que conhecemos das éticas tradicionais. Quando em Ser e Tempo Heidegger pergunta pelo ser e se esforça em "destruir" a metafísica, mostra que há uma ethos (no sentido essencial da palavra), uma maneira de existir, de "habitar" chamada por ele de Dasein, o ser-aí, que não pode ser determinada por nenhum "princípio supremo"; o seu existir não pode consistir em efeitos de "causas primeiras" por que possui como único fundamento o fato de ser projeto-lançado e, implicado com o seu poder-ser, é "entregue à responsabilidade de ser o ente que é". Tentaremos explicitar as noções de "culpa" e de "consciência" que, embora tomadas pelo Filósofo no sentido exclusivamente ontológico, dão ao seu texto o sabor do que chamamos de uma "ética originária" |