Análise clínico-patológica de lesões orais em uma população geriátrica brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CARVALHO, Irla Karlinne Ferreira de
Orientador(a): PEREZ, Danyel Elias da Cruz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Odontologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29867
Resumo: Introdução: Estudos para avaliar a prevalência de lesões orais em pacientes idosos, com correlação clínico-patológica, são relativamente raros. O objetivo do presente estudo foi avaliar as características clínico-patológicas de lesões orais diagnosticadas em pacientes geriátricos em um estado Brasileiro. Metodologia: trata-se de um estudo retrospectivo observasional de base de dados. Entre 2000 e 2015, 4.888 espécimes, provenientes de biópsias da mucosa oral e região maxilofacial foram enviados para diagnóstico ao Laboratório de Patologia Oral da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Do total da amostra, 964 (19,7%) espécimes pertencem a pacientes com idade ≥ 60 anos, entretanto, destes, 917 espécimes de biópsias da mucosa oral foram incluídos no nosso estudo. Os dados clínicos e epidemiológicos, como idade, gênero, localização da lesão e diagnóstico clínico foram obtidos por meio das fichas de encaminhamento das biópsias ao Laboratório. O diagnóstico microscópico foi registrado a partir do laudo histopatológico. Os resultados obtidos foram submetidos à estatística descritiva. Resultados: No total, 917 lesões foram estudadas. Foi observada uma maior frequência de lesões no sexo feminino (582 - 63,5%). A sexta década de vida foi a mais afetada (574 - 62,6%). A localização mais comum foi a mucosa jugal (178 casos - 19,4%). Os grupos de patologias orais mais prevalentes foram as lesões reativas/inflamatórias (431 - 47%), as lesões potencialmente malignas (153 – 16,7%), as neoplasias malignas (122 – 13,3%) e as patologias das glândulas salivares (62 – 6,7%). A hiperplasia fibrosa foi a lesão mais frequente (19,2% - 176), seguida do carcinoma epidermóide (12,5% - 115). Conclusão: Entre as lesões estudadas, os clínicos devem ter atenção especial às neoplasias malignas, especialmente o carcinoma epidermóide, o qual representou a segunda lesão mais comum em pacientes nesta faixa etária.