Os espaços residenciais na percepção dos idosos ativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: HAZIN, Márcia Maria Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3575
Resumo: A população idosa vem aumentando em todo mundo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, já são mais de 20.000 pessoas com mais de 100 anos no Brasil. O Envelhecimento é um processo cronológico, degenerativo e progressivo que ocorre em todos os seres vivos em maiores e menores proporções. Com o avançar da idade, a tendência do idoso é permanecer mais tempo na residência. As pessoas envelhecem, mas não as suas habitações e formas de morar, que permanecem as mesmas, não considerando as alterações funcionais da pessoa idosa. O objetivo desta dissertação é avaliar a capacidade de percepção do idoso quanto à relação entre a sua condição física e o ambiente, considerando o seu desempenho no desenvolvimento das atividades da vida cotidiana no âmbito doméstico. Trata-se de uma pesquisa quantitativa em que a coleta de dados foi feita através da aplicação de questionários com os alunos da Universidade Aberta a Terceira Idade (UnATI), da Universidade Federal de Pernambuco, inscritos no segundo semestre de 2011, e que utilizou questões fechadas e abertas pelas quais se investigou o perfil socioeconômico e cultural e o grau de percepção do idoso com relação a sua moradia e equipamentos utilizados no dia a dia. A amostra foi composta por 72 indivíduos de 60 a 82 anos. Quase metade dos entrevistados admitiu já ter sofrido algum acidente doméstico (42,8%) enquanto 53% afirmam nunca ter sofrido acidentes em sua residência. Os ambientes em que se verificou o maior número de quedas foram cozinha (41,37%) e banheiro (13,63%). Os entrevistados pontuaram várias causas para a ocorrência dos acidentes como falta de atenção (36%), obstáculos no percurso (22,7%), presença de animais (9%) e piso escorregadio (22,7%), configurando a queda como o acidente mais relatado (87,5%), além da queimadura (12,5%). Os indicadores quantitativos analisados apontam para uma porcentagem considerável de acidentes com idosos em sua residência (42,8%). Ao mesmo tempo que 95% dos entrevistados consideram ter uma casa adequada tanto para as atividades da vida diária, quanto para o conforto ambiental. Esses dois indicadores corroboram a hipótese apresentada de que os idosos não percebem a inadequação ambiental de suas próprias moradias. Os resultados serviram para a elaboração de recomendações ambientais que orientem adequações de projetos e minimizem o risco dequedas em idosos, além da confecção de uma cartilha direcionada ao idoso alertando para os riscos de acidentes domésticos