Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
GUIMARÃES FILHO, Francisco de Assis Vaz |
Orientador(a): |
VALENÇA, Marcelo Moraes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56122
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O acesso retrolabiríntico à fossa craniana posterior através do triângulo de Trautmann é variável e parece depender de vários fatores tais como a altura do bulbo da veia jugular, a posição, dominância e relações do seio sigmoide com o canal semicircular posterior, o grau de pneumatização mastoide e o ângulo petroclival. O objetivo deste estudo foi a realização de uma análise morfométrica da região para demonstrar sua variabilidade anatômica e identificar variáveis associadas a áreas potencialmente limitadas de exposição cirúrgica ao meato acústico interno e à região petroclival. MÉTODOS: Foram avaliados 75 exames de angiotomografia cerebral de pacientes adultos (maiores do que 18 anos) de ambos os sexos e sem história atual ou pregressa de doenças, cirurgias, traumas e malformações cranianas ou otológicas. RESULTADOS: Grandes variações foram observadas quanto à área de exposição do triângulo de Trautmann (74 a 448mm2) e à altura do bulbo da veia jugular (7,3 a 24,4mm). Distâncias mais curtas do seio sigmoide ao canal semicircular posterior (p < 0,001), bulbos jugulares “altos” (p < 0,001), seios sigmoides dominantes (p = 0,039) e posicionados lateralmente (p < 0,001) assim como mastoides pobremente pneumatizadas (p = 0,049) foram associadas a áreas de exposição cirúrgica potencialmente reduzidas. Seios sigmoides posicionados lateralmente também foram associados à redução do ângulo de ataque ao meato acústico interno (p = 0,020). Declives petrosos e ângulos petroclivais mais obtusos foram, em geral, associados a profundidades clivais mais rasas (p < 0,001) e menores áreas petroclivais (p = 0,081 e 0,014, respectivamente). O declive petroso foi considerado um melhor preditor do que o triângulo de Trautmann para o acesso cirúrgico ao recesso clival (AUC 0,809 versus 0,587). CONCLUSÕES: Este estudo traz informações valiosas e relevantes a neurocirurgiões e otorrinolaringologistas envolvidos com as abordagens retrolabirínticas. Os dados aqui contidos devem ser considerados durante o planejamento pré-operatório radioanatômico dos pacientes de modo a oferecê-los procedimentos cirúrgicos potencialmente mais seguros e efetivos. Por fim, recomenda-se a implementação prática rotineira da análise das variáveis aqui estudadas de modo que os necessários estudos clínicos futuros possam focar no processo de validação cirúrgica das informações radioanatômicas aqui apontadas. |