Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
GARCIA, Giovana Meinberg |
Orientador(a): |
VIEIRA, Luciana Leila Fontes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34633
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Resumo: |
O presente trabalho almejou analisar o acesso aos cuidados em saúde produzidos no ―Espaço de Acolhimento e Cuidado para Pessoas Trans e Travestis‖ do Hospital das Clínicas da UFPE, a partir da escuta realizada dos/as usuários/as. Para tanto, buscou-se compreender os princípios da integralidade, em especial, como da equidade e da universalidade; investigar a existência de espaços para participação social no serviço referido e analisar de que forma os/as usuários/as produzem acesso aos cuidados em saúde, considerando a rede de atenção à saúde. É uma pesquisa-interferência (SCHIFFLER; ABRAHÃO, 2014), cuja análise foi realizada em diálogo com a Saúde Coletiva, principalmente através das contribuições da Linha de Pesquisa coordenada por Emerson Merhy, denominada Micropolítica do Trabalho e o Cuidado em Saúde/ UFRJ. Foram entrevistados/as 11 usuários/as, entre homens trans, travestis e mulheres trans, indicados/as pela equipe, a partir de critérios construídos coletivamente. O serviço em tela funciona como porta de entrada do processo transexualizador do SUS e promove acesso ao acolhimento que subverte a lógica patologizante, com respeito à autodeterminação de gênero. No que concerne o acesso aos hormônios, exames e procedimentos cirúrgicos é preciso produzir tensionamentos, pois se encontram insuficientes em relação a demanda dos/as usuários/as. Vale salientar que o Espaço Trans encontra-se fechado para novos acolhimentos, como também, a participação social mostra-se incipiente. Além disso, foram encontradas pistas de um acesso aos cuidados que extravasa os muros dos serviços revelando modos alternativos, criativos e de resistência que os/as usuários/as encontraram para lidar com as barreiras produzidas pela rede institucionalizada. Apontamos que a construção de mais serviços em todos os níveis de atenção, aliado ao fortalecimento do trabalho interdisciplinar, participação social legitimada e reconhecida, bem como construção de instrumentais para o serviço e para categorias profissionais podem favorecer o acesso aos cuidados em saúde dos/as usuários/as trans e travestis. |