Avaliação inseticida de extratos orgânicos e compostos liquênicos em Aedes aegypti e Sitophilus zeamais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, André Severino da
Orientador(a): NAVARRO, Daniela Maria do Amaral Ferraz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação Rede Nordeste de Biotecnologia - RENORBIO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41014
Resumo: Substâncias extraídas de liquens podem ser uma alternativa ao controle de pragas agrícolas causadas por insetos e até mesmo no controle a insetos vetores, causadores de importantes doenças em humanos. Reduzindo assim o uso de inseticidas sintéticos. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo avaliar ação larvicida e praguicida de compostos extraídos de espécies liquênicas frente ao Aedes aegypti e o Sitophilus zeamais (praga do grão armazenado). Para verificar os efeitos larvicida e praguicida dos ácidos fumarprotocetrárico (FUM) e divaricático, extraídos de Cladonia verticillaris e Ramalina complanata. Foram utilizados extratos orgânicos obtidos e os compostos majoritários de cada espécie. Foi avaliado também o sal de potássiodo ácido Úsnico, (extraído de Cladonia substelata). Larvas de A. aegypti, em L4 foram expostas aos extratos: etéreo de R. complanata e acetônico de C. verticillaris e aos compostos isolados ácido divaricático e FUM, respectivamente. E larvas nos estágios: L1, L2, L3 e L4, foram expostas ao sal (usnato de potássio) sintetizado a partir do ácido úsnico. Em relação ao Sitophilus zeamais, indivíduos adultos foram expostos ao extrato etéreo de R. complanata e ao ácido divaricático para avaliar a toxicidade dos mesmos. As estruturas químicas e a pureza das substâncias foram confirmadas através de análises em Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) e de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio (RMNH¹). Como resultado observamos que: o extrato etéreo de R. complanata e o ácido divaricático se mostraram praguicidas frente a S. zeamais, sendo a LC₅₀ em teste de toxicidade por fumigação 312,5 e 625mg/mL, respectivamente; em teste de toxicidade por ingestão tanto o extrato quanto o composto afetaram o desenvolvimento nutricional e os insetos perderam massa corporal. Em relação aos testes larvicidas frente a A. aegypti: o usnato de potássio matou larvas em todos os estágios larvários (abaixo de 1ppm); os extratos acetônico de C. verticilaris e etéreo de R. complanata, e os compostos isolados, ácido FUM e divaricático, respectivamente demonstraram uma ação larvicida frente a larvas L4 de A. aegypti, com LC₅₀ na faixa de 5 e 29ppm. Os resultados obtidos com esse trabalho colaboram na busca por alternativas de bioinseticidas e uma diminuição na utilização de inseticidas sintéticos que poluem o meio ambiente e podem afetar a saúde humana.